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Guterres vai à Conferência do Clima: "Temos de fazer mais"

10 de novembro de 2017 às 16:54
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O secretário-geral da ONU disse que vai pedir uma ambição renovada aos estados-membros durante a conferência.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, anunciou hoje que vai participar na Conferência do Clima, que acontece este mês na cidade de Bona, na Alemanha, porque é preciso "fazer mais" para combater o aquecimento global.

"Sinto-me encorajado pelas acções climáticas que estão a acontecer, em todas as escalas, a todos os níveis, envolvendo uma coligação de actores e instituições que está sempre a crescer. Mas temos de fazer mais", disse António Guterres em declarações aos jornalistas na sede da ONU em Nova Iorque.

O secretário-geral disse que vai pedir uma ambição renovada aos estados-membros durante a conferência da ONU (conhecida pela sigla COP23).

"A janela de oportunidade para cumprir o objectivo de dois graus [de aumento médio máximo da temperatura do plano] pode estar fechada dentro de 20 anos ou menos. E podemos ter apenas cinco anos para dobrar a curva das emissões para termos 1,5 graus [de aumento]", disse.

Para conseguir estes objectivos, Guterres disse que será necessário um corte adicional de 25% nas emissões até 2020.

O responsável lembrou ainda o compromisso da comunidade internacional de doar 100 mil milhões de dólares (cerca de 86 mil milhões de euros) todos os anos para os países em desenvolvimento, considerando a ajuda fundamental na luta contra as mudanças climáticas.

O secretário-geral pediu aos líderes mundiais "que mostrem coragem ao combater os interesses instalados, sabedoria ao investir nas oportunidades do futuro, e compaixão e preocupação para com o mundo" que está a ser construído para as gerações vindouras.

"Como ex-político, não tenho duvidas de que no nosso mundo este é o caminho para o progresso de hoje e um legado significativo amanhã", acrescentou.

A Conferência do Clima começou no dia 06 deste mês e termina no dia 17.

Guterres anunciou ainda uma visita as Filipinas antes da cimeira, para participar na Cimeira da ONU das Nações do Sudoeste Asiático, e uma palestra em Londres, na Escola de Estudos Africanos e Orientais da Universidade de Londres, sobre terrorismo.

"Enquanto o mundo responder ao terrorismo moderno, o nosso objectivo deve ser vencer a luta enquanto mantendo os nossos valores", disse.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.