Esta tarde, António Guterres enfrenta mais uma etapa decisiva na sua corrida ao lugar de secretário-geral da Organização das Nações Unidas. Em Nova Iorque, decorre a terceira votação informal do Conselho de Segurança quanto aos onze candidatos ao cargo. Na primeira e segunda votações, o ex-primeiro-ministro português ficou na frente da corrida.
Neste acto, cada um dos 15 membros do Conselho de Segurança revela se "encoraja", "desencoraja" ou "não tem opinião" sobre os candidatos. A 21 de Julho, na primeira votação, Guterres conquistou 12 votos de encorajamento. A segunda, a 5 de Agosto, terminou com 11 votos "encoraja", dois votos "não tem opinião" e dois "desencoraja".
Metade dos onze candidatos ao cargo são mulheres. Entre elas, está Susana Malcorra, ministra dos Negócios Estrangeiros da Argentina, que ficou em terceiro lugar na última votação.
Caso o nome de António Guterres surja hoje como consensual entre os membros do Conselho de Segurança, terminam as votações informais e este órgão recomenda o seu nome à Assembleia-Geral da ONU, que o deverá aprovar. Ban Ki-moon, que ainda é o secretário-geral da ONU, termina o seu mandato no final de 2016. Há dias, defendeu que uma mulher devia ocupar o seu lugar. O seu sucessor deverá ser encontrado no Outono.
Vuk Jeremic, o maior rival de Guterres
Foi ministro dos Negócios Estrangeiros da Sérvia e ao longo deste mês, foi muito criticado pelo Kosovo. Foram convocados dois protestos contra a sua candidatura: um a 27 de Agosto e outro a 3 de Setembro, em Pristina, capital do Kosovo.
Segundo o organizador do primeiro protesto, o activista Jeta Berisha, a admissão do Kosovo nas Nações Unidas será bloqueada durante dez anos se Vuk Jeremic vencer.
"Todos os partidos políticos apoiaram esta iniciativa e eles vão apoiar-nos. Até agora temos o apoio da maioria das câmaras do Kosovo, e estamos a receber mensagens de apoio de organizações não-governamentais e de várias fundações", afirmou Berisha.
O activista não é a primeira pessoa a criticá-lo. O antigo ministro dos Negócios Estrangeiros do Kosovo, Enver Hoxhaj, acusou Jeremic de fazer "pressão contra o reconhecimento internacional do Kosovo" e de ter protestado "contra a política europeia e americana no Kosovo".
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