Depois de Sahar Khodayari imolar-se e morrer após ser condenada por ver um jogo de futebol, o Irão assegurou que mulheres podem ir aos jogos a partir de outubro.
Uma adepta iraniana de futebol morreu no início deste mês, após incendiar-se por saber que poderia cumprir pena de seis meses de prisão. Sahar Khodayari foi ver um jogo do clube iraniano Esteghal, num país onde as mulheres estavam proibidas de ir assistir a jogos.
Em março, a jovem fingiu ser um homem com uma peruca azul e um longo casaco quando a polícia a deteve. Sahar, de 30 anos, era conhecida como a "garota azul" e passou três noites na prisão antes de ser libertada. A iraniana incendiou-se em frente do tribunal, no dia 9 de setembro deste ano, para não cumprir uma pena de prisão.
Depois do incidente, o presidente da FIFA, Gianni Infantino, afirmou esta segunda-feira, que o Irão deu garantias de que as mulheres vão poder assistir a jogos de futebol no país a partir de outubro. "Asseguraram-nos que a partir do próximo jogo internacional do Irão, as mulheres serão autorizadas a entrar nos estádios de futebol", disse o presidente.
A morte de Sahar suscitou vários protestos nas redes sociais, com algumas figuras mediáticas a pediram à FIFA que banisse o Irão das competições internacionais e aos adeptos que não assistissem aos jogos. O ex-central do Bayern de Munique Ali Karimi - que disputou 127 partidas pelo Irão e foi um defensor do fim da proibição de mulheres nos estádios - pediu aos iranianos, numa mensagem no Twitter, que boicotem estádios de futebol para protestar contra a morte da jovem.
Há dois dias, uma delegação da FIFA esteve no Irão, reuniu-se com responsáveis governamentais e garantiu que "as conversações foram bastante produtivas". Em agosto, a agência oficial de informação iraniana IRNA, citou o ministro do Desporto e informou que as mulheres vão ser autorizadas a assistir, no dia 10 de outubro, ao jogo entre o Irão e o Camboja – um jogo de qualificação para o Mundial de 2022.
Graças a Sahar, as iranianas vão poder ir a jogos de futebol
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