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França: Explosão em frente a sinagoga fere polícia

Câmaras de vigilância da cidade captaram imagens de um indivíduo a atear fogo a dois veículos provocando a explosão. No local encontram-se agora equipas especialistas em bombas.

Pelo menos dois carros, incluindo um que continha uma botija de gás, foram incendiados na manhã deste sábado em frente à sinagoga Beth Yaacov, em La Grande-Motte, no sul de França, provocando uma explosão que feriu um agente da polícia municipal. A notícia foi avançada pela agência de notícias France-Press, ao citar o presidente da Câmara Municipal da localidade, Stéphan Rossignol.

"Uma tentativa de incêndio, claramente criminosa, atingiu esta manhã a sinagoga Grande Motte", afirmou o ministro do Interior demissionário francês, Gérald Darmanin, através do X. "Todos os meios estão a ser mobilizados para encontrar o autor", acrescentou.

As câmaras de vigilância da cidade captaram imagens de um indivíduo a atear fogo aos veículos, que se encontravam em frente à sinagoga, segundo Stéphane Rossignol. Os bombeiros foram chamados posteriormente ao local, por volta das 8h30 deste sábado.

Um grande perímetro ao redor de um prédio só foi isolado quase quatro horas após a explosão, por volta das 11h. Segundo afirmou uma fonte policial ao Le Figaro, estão agora em curso análises às botijas de gás, e encontram-se já no local uma equipa de especialistas em bombas. Imagens da BFMTV mostram ainda membros da força especial de intervenção da França (GIGN).

O polícia municipal ferido foi entretanto levado para as urgências de Montpellier. Segundo o Le Figaro, está fora de perigo.

Em maio, a sinagoga de Rouen foi incendiada de madrugada, por um homem que foi morto a tiro pela polícia. Manifestações de apoio à comunidade judaica ocorreram posteriormente pelas várias cidades de França.

Os atos antissemitas quase que triplicaram desde o início do ano, com "887 atos" registados no primeiro semestre, segundo anunciou Gérald Darmanin a 9 de agosto. Este aumento registou-se significativamente após o ataque do Hamas a Israel, a 7 de outubro de 2023.

REUTERS/Charles Platiau
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