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Fortes chuvas na Nigéria provocaram a fuga de mais de 100 prisioneiros

Luana Augusto
Luana Augusto 25 de abril de 2024 às 17:25
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Autoridades ainda só recapturaram 10 dos prisioneiros em fuga. Apesar de não terem revelado identidades, sabe-se que na prisão de Suleja estariam membros de um grupo extremista islâmico.

Pelo menos 118 prisioneiros fugiram de uma prisão na Nigéria, depois de fortes chuvas terem danificado as instalações, na noite de quarta-feira.  

David Dosunmu/Handout via REUTERS

A informação foi avançada esta quinta-feira pelo porta-voz do serviço penitencial, Adamu Duza. Em comunicado esclareceu ainda que a chuva torrencial, que durou várias horas, destruiu partes da prisão de segurança média, incluindo o muro perimetral e os edifícios circundantes. 

As autoridades estão agora a tentar encontrar as centenas de fugitivos, e pedem para que a população fique atenta. Até ao momento, graças à ajuda de outras agências de segurança, já foram recapturados 10 dos prisioneiros. 

"Estamos numa perseguição intensa para recapturar os restantes", afirmou o porta-vos. "O público é instado a ficar atento aos presos em fuga e a reportar qualquer movimento suspeito, à agência de segurança mais próxima." 

Embora o porta-voz não tenha fornecido quaisquer detalhes, sobre as identidades dos prisioneiros fugitivos, sabe-se que na prisão de Suleja estariam pelo menos membros do grupo islâmico, Boko Haram. 

Na Nigéria, as fugas das prisões são cada vez mais uma grande preocupação para o país, uma vez que a superlotação, o subfinanciamento e as poucas medidas de segurança, criam condições propícias para tal. Só nos últimos anos foram milhares os prisioneiros que conseguiram escapar devido às fracas infraestruturas e a ataques de militares, vindos nomeadamente por parte do Estado Islâmico. 

Em julho de 2022, a organização jihadista atacou uma prisão de segurança máxima na capital nigeriana, Abuja, tendo resultado na fuga de 440 prisioneiros. 

"O Serviço não ignora o facto de muitas das suas instalações terem sido construídas durante a era colonial e serem antigas e fracas", sublinhou o porta-voz ao acrescentar que estão a ser feitos "esforços" para modernizar as prisões e para construir outras seis instalações prisionais com capacidade para 3 mil pessoas. 

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