A primeira-ministra esclareceu em Roma que não é do interesse do país nem do interesse da NATO que já sejam colocadas bases militares ou armamento nuclear.
Sanna Martin, primeira-ministra da Finlândia, está de visita a Itália para se reunir com o seu homólogo. Em declarações ao jornal italianoCorriere dela Sera, disse que a candidatura à NATO não significa que o país tenha interesse em ter armamento nuclear ou bases militares no seu território.
Roni Rekomaa\REUTERS
A primeira-ministra defende que a candidatura à NATO "é um ato de paz e não um ato de guerra" com o objetivo de "garantir que nunca haverá guerra em solo finlandês". Avançou ainda: "Ninguém nos vai impor armas nucleares ou bases permanentes se não as quisermos. Esta questão não está na agenda [das negociações de adesão]. Não acho que haja qualquer interesse em instalar armas nucleares ou estabelecer bases da NATO na Finlândia".
Para além disso, Sanna Martin relembrou também que o país já gasta "mais de 2% do PIB em defesa": "Durante décadas, investimos bastante na nossa segurança."
O nível de investimento deveu-se "precisamente ao enorme e agressivo vizinho que temos nas nossas fronteiras". A fronteira que a Finlândia partilha com a Rússia tem um comprimento de 1.300 quilómetros.
A primeira-ministra revelou ainda que a NATO também "não tem interesse em colocar bases de armas nucleares na Finlândia".
A Finlândia, juntamente com a Suécia, apresentou o pedido formal de adesão à NATO no dia 18. As afirmações da primeira-ministra finlandesa são importantes no seguimento da reação russa ao pedido de adesão da Finlândia e da Suécia à Aliança do Atlântico Norte. Moscovo afirmou que vai ser obrigada a "retaliar" se forem instaladas bases da NATO nos países Bálticos.
A Turquia é o país pertencente à Aliança do Atlântico Norte que mais tem apresentado objeções ao processo de candidatura, por considerar que os países nórdicos dão abrigo a indivíduos ligados a grupos que considera terroristas.
A primeira-ministra finlandesa disse também esperar que as divergências com a Turquia podem ser resolvidas através do diálogo. "Nesta fase é importante manter a calma, ter discussões com a Turquia e com todos os outros países membros, respondendo às perguntas que possam existir para corrigir quaisquer mal-entendidos", reforçou.
Já a primeira-ministra da Suécia, Magdalena Andersson, tinha afirmado que o país não quer bases permanentes da NATO nem armas nucleares no seu território.
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O espaço lusófono não se pode resignar a ver uma das suas democracias ser corroída perante a total desatenção da opinião pública e inação da classe política.
O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.