Europol prevê actividade terrorista em 2017 semelhante a 2016

08 de junho de 2017 às 18:30
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O espanhol Manuel Navarrete afirmou que os terroristas são cada vez mais "voláteis e imprevisíveis"

O director do Centro de Contra-terrorismo da Europol, o espanhol Manuel Navarrete, disse esta quinta-feira que os especialistas prevêem que a Europa sofra em 2017 "um número de ataques terroristas semelhante" ao registado em 2016.

Navarrete falava na apresentação à comissão de Liberdades Civis do Parlamento Europeu das principais conclusões do relatório anual da Europol sobre a situação e tendências do terrorismo, que vai ser publicado na próxima semana.

A situação "continuará instável" e "pouco previsível" e "continuará a haver atentados na União Europeia (UE) com objectivos menos específicos, mais do tipo matança indiscriminada", disse.

Tal como nos últimos meses, são expectáveis ataques "contra símbolos do modo de vida ocidental", assim como "mais ataques contra as autoridades, concretamente contra a polícia".

Sobre as tendências observadas em 2016, Navarrete afirmou que os terroristas são cada vez mais "voláteis e imprevisíveis".

"O terrorismojihadista é mais volátil do que nunca. Anteriormente, os ataques eram planeados com precisão, por redes e células, mas agora há cada vez mais ataques espontâneos cometidos por indivíduos mais isolados", disse.

Não obstante, prosseguiu, há menos participação de combatentes estrangeiros regressados da Síria ou do Iraque, e mais de pessoas que residem há muito tempo na UE.

As armas utilizadas são também menos ortodoxas, como facas, navalhas e veículos, nomeadamente pesados, e mais difíceis de detectar pela polícia.

O responsável considerou por outro lado que o facto de os atentados terem cada vez menos relação entre si tem um lado positivo, uma vez que demonstram não serem organizados por grandes células, mas também um negativo, porque são mais difíceis de detectar, desmantelar e impedir.

Em 2016 houve uma descida ligeira em relação a 2015 tanto do número de vítimas como de ataques, redução que não é, contudo, perceptível pelas populações precisamente porque os terroristas têm procurado cada vez mais acções muito visíveis.

Em 2016, o terrorismo fez 142 mortos e 379 feridos na União Europeia, disse, apontando que o relatório inclui atentados como o de Bruxelas, Nice e Berlim, todos ataques indiscriminados e maciços contra civis.

Sublinhando a importância da cooperação policial e judicial na UE e a forma como ela tem permitido "salvar muitas vidas", referiu que em 2016 a Europol deu apoio a 127 investigações terroristas, contando com uma base de dados com 728.000 entradas e 20.000 pessoas investigadas por terrorismo.

"É complicado ver a luz ao fundo do túnel. Eu combati a ETA durante 20 anos e sei como é. Mas devemos acender uma luz quando estamos dentro do túnel e essa luz é a democracia", disse.

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