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"Estava preocupado" por Trump poder "mentir"

08 de junho de 2017 às 18:07
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O ex-director do FBI assumiu que gravou as conversações que manteve a sós com o presidente norte-americano, Donald Trump

James Comey assumiu que tomou notas das conversas privadas com o Presidente Donald Trump porque temeu que este viesse a "mentir" sobre o conteúdo das mesmas. "Estava francamente preocupado que ele pudesse mentir sobre a natureza do nosso encontro", disse o antigo director do FBI. Já terminou a audição pública, pelas 18h30 começa o depoimento à porta fechada. 

Comey acrescentou ainda que "sabia que chegaria o dia em que viria a precisar de um registo do que se passou". "Não apenas para me defender, mas para defender o FBI", disse.

Por sua vez, o ex-director afirmou que durante os oito anos de mandato de Barack Obama - com quem apenas se reuniu três vezes - nunca sentiu necessidade de documentar estes encontros.

Comey insistiu que Trump reconheceu várias vezes o seu bom desempenho no FBI. "Não sei por que razão fui despedido. Talvez pela forma como estava a dirigir a investigação russa e por causa da pressão que tudo isto exercia" em Trump, acrescentou.

O antigo responsável também declarou ainda no Senado que o Presidente Donald Trump não lhe ordenou, especificamente, que parasse a investigação sobre a alegada ingerência russa nas presidenciais, mas que o instruiu nesse sentido. "Director Comey, o Presidente pediu-lhe, em algum momento, que parasse a investigação do FBI sobre a ingerência russa nas eleições americanas de 2016?", perguntou o presidente do Comité de Serviços de Informação [Intelligence], Richard Burr. "Não", respondeu Comey, dando a mesma resposta à questão sobre se "algum indivíduo da administração" Trump o tinha feito.

Segundo Comey, não houve uma ordem explícita nesse sentido, mas o ex-director interpretou uma conversa com o Presidente Trump como "uma instrução" para abandonar as investigações.

Na quarta-feira, numa declaração escrita enviada ao Congresso, James Comey tinha adiantado que Donald Trump lhe sugeriu que abandonasse a investigação a Michael Flynn, ex-conselheiro envolvido no caso da alegada ingerência russa nas presidenciais.

Relatando um encontro realizado a 14 de Fevereiro na Sala Oval (gabinete presidencial), Comey escreve que o Presidente Donald Trump falou com ele sobre a investigação relacionada com o ex-conselheiro de segurança nacional Michael Flynn, acusado de mentir sobre contactos com responsáveis russos, e declarou: "Espero que possa encontrar uma forma de abandonar isto, de deixar Flynn. É um bom homem".

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