O Conselho de Segurança das Nações Unidas adoptou esta terça-feira uma resolução sobre a epidemia de ébola na República Democrática do Congo (Drongo), apelando a todos os actores no terreno que intensifiquem combate ao vírus, que provocou 174 mortos desde Agosto.
Proposta pela Etiópia e Suécia, a resolução, aprovada por unanimidade, "vincula o Governo congolês, a Organização Mundial de Saúde (OMS) e os outros intervenientes na luta contra o ébola, para continuarem a aumentar a transparência e a precisão dos seus relatórios diários sobre o progresso da epidemia".
A resolução vinca que é a "principal responsabilidade do Governo congolês proteger os civis dentro do seu território e na sua jurisdição, inclusive protegendo-os de crimes contra a humanidade e dos crimes de guerra".
Os 15 membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas afirmaram-se "profundamente preocupados com o estado geral da segurança, nas zonas atingidas pela epidemia de ébola, que compromete seriamente a intervenção de urgência e facilita a progressão do vírus na RDCongo e na região".
No texto, pede-se "a todos os grupos armados, incluindo as Forças Democráticas Aliadas (ADF), a cessarem as hostilidades".
Nos últimos meses, a ONU inquietou-se com o risco de propagação da epidemia a Burundi, Uganda, Ruanda e Sudão do Sul e a resolução do Conselho de Segurança apela a estes países africanos que reforcem as capacidades operacionais para lutar contra a doença, em total cooperação com a OMS.
A RDCongo foi atingida nove vezes pela ébola, depois da primeira aparição em 1976 do vírus, que se transmite por contacto físico através de fluidos corporais infectados e que provoca febre hemorrágica.
A epidemia declarada a 1 de Agosto deste ano, causou já 174 mortos, registo do Ministério da Saúde da RDCongo e da OMS, de domingo.
O número de casos sinalizados de 1 de Agosto até 28 de Outubro aumentou para 274.
Esta epidemia foi constatada em Mangina, nas províncias de Norte-Kivu e Ituri, alastrando até perto da fronteira com o Uganda, em Beni, região do grupo armado ADF, que multiplicou os ataques contra civis, o que complicou a resposta sanitária.
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