Republicano luso-descendente transmitiu a Trump informação tipicamente secreta, sem dar conhecimento de tal aos restantes membros da Comissão das Informações da Câmara dos Representantes
O republicano que preside à comissão das Informações da Câmara dos Representantes, o luso-descendente Devin Nunes, pediu desculpa em privado aos seus colegas democratas na quinta-feira, mas defendeu em público a transmissão de informação a Donald Trump sobre escutas.
Devin Nunes na quarta-feira transmitiu a Trump informação tipicamente secreta, sem dar conhecimento de tal aos restantes membros da comissão, o que lhe valeu uma série de críticas e a interrogações sobre a independência da investigação sobre a interferência russa nas eleições presidenciais norte-americanas e eventuais contactos entre assessores de Trump e russos.
Devin Nunes revelou que as comunicações dos membros da equipa de transição de Donald Trump, e eventualmente também deste, podem ter sido escutadas de forma legal, mas partilhadas depois incorrectamente pela comunidade dos serviços de informações norte-americana.
Aos jornalistas, Nunes, que integrou a equipa de transição de Trump, afirmou que as comunicações interceptadas não parecem estar relacionadas com a investigação em curso do FBI aos contactos dos associados de Trump com russos ou qualquer mandado criminal. "O presidente [da comissão, Devin] Nunes partilhou informação com a Casa Branca que negou à comissão de Informações da Câmara dos Representantes. Ele não pode conduzir uma investigação credível assim", reagiu na quarta-feira o principal eleito democrata da comissão, Adam Schiff, na sua página na rede social Facebook.
"Foi uma decisão minha", assumiu na quinta-feira Nunes, eleito pelo Estado da Califórnia. "Por vezes, toma-se a decisão certa, por vezes, a errada".
Um congressista conhecedor do assunto adiantou que Nunes se desculpou aos democratas, a quem prometeu trabalhar em conjunto e partilhar a informação relacionada com a investigação.
A Casa Branca rapidamente adoptou as revelações de Nunes, com Trump a afirmar que "de algum modo" sentia-se apoiado nas suas alegações de ter sido escutado.
Os críticos de Nunes também questionaram se o congressista californiano se tinha coordenado com Trump, de forma a dar a este uma cobertura para as suas queixas bombásticas de ter sido escutado por ordem do ex-Presidente Barack Obama.
Trump tem acusado Obama de ter ordenado escutas ao seu arranha-céus nova-iorquino em 2016. Mas Obama e os directores da polícia federal (FBI) e da Agência de Segurança Nacional (NSA) garantiram que não há provas que sustentem as acusações. Nunes não disse como tinha sabido desta informação.
Devin Nunes pede desculpa por revelar informação secreta a Trump
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