O chanceler austríaco, Sebastian Kurz, afirmou, esta quinta-feira, que os países que recorram ao fundo de emergência da União Europeia (UE), de 540 mil milhões de euros, hoje aprovado devido à pandemia de covid-19, devem devolver os apoios posteriormente.
Austria chanceler Sebastian Kurz Bundeskanzleramt/Arno Melcharek/Handout via REUTERS
"Deve ser claro que os fundos do plano de reconstrução vão ser devolvidos pelos respetivos Estados-membros numa data posterior e que a Áustria não vai assumir as dívidas de outros Estados-membros da UE", destacou o chefe de governo do país alpino, numa nota de imprensa.
"Hoje concordamos em continuar a mostrar solidariedade com os países especialmente afetados pela crise do coronavírus, como Itália ou Espanha", acrescentou o líder do Governo formado por uma coligação entre o Partido Popular Austríaco, ao qual pertence, e os Verdes.
"A Áustria também está disposta a mostrar solidariedade para apoiar a recuperação das nossas economias. Deveríamos fazê-lo através de empréstimos. Uma mutualização da dívida ou as 'eurobonds' não são aceitáveis. Continuaremos a coordenar a nossa posição com os países que têm ideias semelhantes às nossas", acrescentou, na rede Twitter.
Segundo o chefe do Governo austríaco, os detalhes de um eventual fundo de recuperação, que o primeiro-ministro português, António Costa, já admitiu poder atingir os 1,5 biliões de euros, vai ser elaborado pela Comissão Europeia (CE) "nas próximas semanas, com base numa análise das necessidades de cada um dos Estados-membros".
O chanceler referiu ainda que os líderes da UE abordaram, na reunião, a necessidade de se coordenar a reabertura do setor do turismo entre os parceiros, tendo sido lançada a ideia de que "a UE deveria preparar recomendações para o verão".
O pacote de emergência, aprovado pelos ministros das Finanças dos 27, é constituído por três "redes de segurança": uma linha de crédito do Mecanismo Europeu de Estabilidade, que os Estados-membros podem utilizar para despesas relativas à covid-19, um fundo de garantia pan-europeu do Banco Europeu de Investimento para empresas em dificuldades, e o programa "Sure" para salvaguardar postos de trabalho através de esquemas de desemprego temporário.
A Europa registou até agora mais de 1,2 milhões de casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus, tendo morrido mais de 114 mil pessoas - a Itália é o país com maior número de mortes (25.549), enquanto Portugal regista até agora 820.
A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 184 mil mortos e infetou mais de 2,6 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Cerca de 700 mil doentes foram considerados curados.
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