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Candidato à presidência da Guatemala detido nos EUA por tráfico de cocaína

18 de abril de 2019 às 11:15
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Estrada Orellana, do partido Unión del Cambio Nacional, é acusado também de uso e porte de armas automáticas e pode enfrentar uma pena entre os 10 anos de cadeia e a prisão perpétua.

As autoridades norte-americanas detiveram na quarta-feira o candidato presidencial da Guatemala Mario Estrada Orellana, acusado por um tribunal federal de Nova Iorque de conspirar para importar cocaína.

Estrada Orellana, do partido Unión del Cambio Nacional (UCN, de direita), foi detido em Miami e também foi acusado, juntamente com um amigo, de conspirar sobre o uso e porte de armas automáticas.

Se condenados, enfrentam uma pena entre os 10 anos de cadeia e a prisão perpétua, de acordo com um comunicado da Procuradoria de Manhattan.

Desde dezembro de 2018, a Agência de Combate às Drogas norte-americana e a Procuradoria-Geral em Manhattan têm investigado a recolha de fundos em cartéis de drogas para apoiar a campanha presidencial de Estrada.

No próximo dia 16 de junho, a Guatemala vai às urnas eleger o futuro Presidente e vice-presidente, em eleições que também envolvem a escolha de 160 deputados ao Congresso, 340 autarquias e deputados para o parlamento do país centro-americano.

Estas eleições serão as nonas da era democrática que começou na Guatemala em 1986, com a chegada ao poder do democrata-cristão Vinicio Cerezo, após várias décadas de regimes militares.

Desde então, sete civis estiveram no poder, mas em 2012 o general Otto Pérez Molina, reformado, assumiu a presidência. Demitiu-se em 2015 após ter sido denunciado por corrupção e está atualmente detido juntamente com a sua vice-presidente, Roxana Baldetti.