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Brexit: Bruxelas propõe "controlos administrativos" em vez de fronteira na Irlanda

O responsável da União Europeia para as negociações do Brexit propôs a criação de controlos nas trocas comerciais fronteiriças entre Reino Unido e Irlanda do Norte.

O responsável da União Europeia (UE) para as negociações do 'Brexit', Michel Barnier, propôs esta quarta-feira a criação de controlos fronteiriços administrativos nas trocas comerciais entre o Reino Unido e a Irlanda no Norte.

"Terá que haver procedimentos administrativos para o controlo das mercadorias que chegam à Irlanda do Norte provenientes do resto do Reino Unido", sublinhou Barnier, uma vez que está fora de questão a criação de uma fronteira física entre a Irlanda do Norte e a República da Irlanda.

Os controlos são exigidos porque, na ausência de fronteira física, tudo o que chega à Irlanda do Norte, chega também à UE.

Discursando, em Bruxelas, no Parlamento Europeu das Empresas (Eurochambers), Barnier salientou ainda que poderão ser feitos 'scans' nos contentores a bordo de 'ferries', a exemplo do que acontece entre Espanha e o arquipélago das Canárias, referindo a necessidade de os controlos serem feitos "da maneira o menos intrusiva possível"

"A nossa proposta é uma rede de segurança, um 'backstop' (solução de último recurso) até se chegar a uma solução permanente", reiterou.

Salientando que "80 a 85% do acordo de saída está fechado", Barnier esclareceu que, para o fim, ficaram os temas mais difíceis: a governação, nomeadamente o papel do Tribunal de Justiça da UE, as indicações geográficas protegidas de produtos agrícolas e como evitar uma fronteira rígida entre a Irlanda e a Irlanda do Norte, que integra o Reino Unido.

O 'Brexit' está marcado para dia 29 de Março de 2019, seguindo-se um período de transição previsto no Acordo de Saída.

Os 27 e Londres deverão ainda concordar numa declaração política sobre o quadro das futuras relações entre ambos.

Nos dias 17 e 18 deste mês, os líderes da UE vão reunir-se - primeiro num jantar a 27 e no segundo dia já com o Reino Unido -- para tentarem fechar os termos do divórcio.

Se houver 'fumo branco' deverá ser marcado um Conselho Europeu extraordinário para a assinatura formal dos textos.

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