Presidente dos EUA proferiu o seu primeiro discurso desde que desistiu da recandidatura e frisou que "nada pode interferir no caminho de salvar a nossa democracia".
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que a "ambição pessoal" não pode sobrepor-se a "salvar a democracia" norte-americana, nas primeiras declarações proferidas para explicar a decisão de pôr fim à campanha de reeleição.
"Acredito que o meu historial como Presidente, a minha liderança no mundo e a minha visão para o futuro dos Estados Unidos justificariam um segundo mandato, mas nada pode interferir no caminho de salvar a nossa democracia. Isso inclui a ambição pessoal", disse o dirigente num discurso à nação, na quarta-feira, a partir da Sala Oval da Casa Branca.
No discurso de 11 minutos, Biden disse que os Estados Unidos estão num "ponto de viragem" - uma frase recorrente nos discursos que tem feito - e que nas últimas semanas ficou claro que é necessário unir o Partido Democrata.
EPA/EVAN VUCCI / POOL
Biden promete trabalhar para acabar com guerra em Gaza até final de mandato
Joe Biden vai continuar a trabalhar "para acabar com a guerra em Gaza" nos seis meses que lhe restam na Casa Branca. "Vou continuar a trabalhar para acabar com a guerra em Gaza, trazer para casa todos os reféns e trazer paz e segurança ao Médio Oriente e acabar com esta guerra", afirmou, na quarta-feira, num discurso em que falou publicamente pela primeira vez sobre a decisão colocar um ponto final na campanha para a reeleição presidencial.
Biden afirmou no histórico discurso de 11 minutos que é o primeiro Presidente norte-americano deste século que pode dizer que os Estados Unidos não estão em guerra em nenhuma parte do mundo. O empenho em manter o país forte vai continuar, notou.
O dirigente comprometeu-se também a continuar a "reunir uma coligação de nações para impedir" o Presidente russo, Vladimir Putin, "de tomar conta da Ucrânia" e a trabalhar "dia e noite" para trazer de volta aos EUA "os norte-americanos que estão injustamente detidos em todo o mundo".
Biden vai reunir-se hoje com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que se encontra de visita aos Estados Unidos, numa deslocação oficial que desencadeou protestos pró-palestinianos em Washington na terça e na quarta-feira.
Embora os EUA sejam o principal parceiro e fornecedor de armas de Israel, as relações bilaterais não estão no ponto mais alto devido à gestão da guerra contra o grupo islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.
Biden censurou Netanyahu pela dureza da ofensiva militar na Faixa, onde quase 39 mil pessoas morreram, 90 mil ficaram feridas e 1,9 milhões estão deslocadas desde o início da guerra, a 07 de outubro.
Esta foi a primeira aparição de Biden desde que anunciou, numa carta dirigida ao povo norte-americano, no domingo, que ia colocar um ponto final à campanha para a reeleição nas eleições de 05 de novembro.
Pouco depois de divulgar a carta, o Presidente pediu, numa mensagem na rede social X (antigo Twitter) que votassem na vice-Presidente dos EUA, Kamala Harris, que já garantiu o apoio necessário para ser a candidata democrata e enfrentar nas urnas o ex-presidente e candidato Republicano Donald Trump.
Nunca antes um candidato presidencial se retirou da corrida tão perto das eleições. O Presidente Lyndon Johnson (1963-1969) anunciou em março de 1968 que não se recandidataria, mas fê-lo quando as primárias do partido ainda estavam a começar.
A decisão de Biden foi tomada quando as primárias já tinham terminado e a pouco mais de três meses das eleições.
Dezenas de membros do Congresso e figuras importantes do Partido Democrata, incluindo a ex-presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, pressionaram durante semanas Biden para pôr fim à campanha presidencial depois de um fraco desempenho no debate contra Trump em 27 de junho.
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