O partido comunicou este domingo a posição, lembrando que outros estados da ONU já fizeram este reconhecimento.
O Bloco de Esquerda saudou este domingo o reconhecimento do Estado da Palestina pelas autoridades portuguesas, que considerou um gesto simbólico se não forem criadas condições objetivas para a viabilidade de um Estado palestiniano.
Scott A Garfitt/Invision/AP
O partido comunicou este domingo a posição, lembrando que outros estados da Organização das Nações Unidas (ONU) já fizeram este reconhecimento e propondo um embargo total de venda de armas a Israel, além de sanções aos responsáveis políticos e militares israelitas.
“A Comissão de Inquérito da ONU confirma que Israel está a cometer genocídio em Gaza. A ex-juíza do Tribunal Penal Internacional que a dirigiu foi taxativa na apresentação do relatório: “está a ocorrer genocídio em Gaza”, lê-se numa resolução aprovada pela Mesa Nacional do BE.
“Com o ataque terrestre à cidade de Gaza, o governo de Israel acelera este processo de extermínio, que já tirou a vida a mais de 65 mil pessoas e feriu mais de 160 mil, a maioria mulheres e crianças. Entre as vítimas contam-se ainda mais de 230 jornalistas – o registo mais elevado de profissionais de comunicação mortos num único conflito”, recordou o Bloco no documento.
O BE manifestou ainda apoio à missão humanitária da Global Sumud Flotilla, destinada a quebrar o bloqueio imposto por Israel: “Assume um papel determinante para assegurar o acesso de ajuda vital e denunciar, junto da comunidade internacional, o cerco que agrava o sofrimento da população de Gaza”.
“O Bloco de Esquerda saúda a Flotilha Humanitária para Gaza, os três delegados portugueses e em particular a sua coordenadora, Mariana Mortágua. A Flotilla é hoje o grito da humanidade contra este massacre”, sustentou.
“Nos próximos dias, o lugar da deputada do Bloco é a bordo de uma destas embarcações – gesto que já reuniu amplo apoio político, demonstrado na sessão pública de sexta-feira passada em Lisboa, organizada pelo grupo de apoio à Flotilha Humanitária e que juntou personalidades de um leque político alargado”, justificou o partido.
O BE exigiu a suspensão imediata de todos os acordos de cooperação com Israel, incluindo os estabelecidos no âmbito da União Europeia.
“Só assim será possível pôr termo ao genocídio em curso, compelir Israel a enveredar por um processo de paz justo e duradouro, proteger os direitos humanos e garantir o direito à autodeterminação do povo palestiniano”, defendeu.
Na Cisjordânia, alegou o partido, este ano já se registam 2.780 feridos entre civis palestinianos em consequência de operações de soldados e colonos, “um aumento de 39% face a 2024”.
Portugal deverá formalizar hoje o reconhecimento, através de um anúncio do ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.
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