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Arábia Saudita: Terror, raptos e tortura no reino que queria ser moderno

Maria Henrique Espada
Maria Henrique Espada 21 de junho de 2020 às 22:23

Mohammed bin Salman apresentou-se ao mundo como um reformista. Só desde março, deteve um primo e um tio, fez desaparecer os filhos de um ex-chefe dos serviços secretos e provocou o aumento do medo entre as famílias de ativistas detidos – um deles morreu na prisão, em abril.

Abdullah Al-Ghamdi, um exilado saudita que obteve asilo político no Reino Unido há vários anos, escreveu a 19 de maio um artigo no site da Euronews em que relatava o que se passa na Arábia Saudita, enquanto o mundo está mais ocupado com o coronavírus: "O dr. Abdullah Al-Hamid, um dos heróis políticos da Arábia Saudita, morreu recentemente sob detenção no país que amava. A sua morte não foi um acidente. Estava mal há algum tempo e as autoridades sauditas recusaram dar-lhe o tratamento médico de que necessitava. Não lhe bastando esquartejar aqueles que discordam dele, a negligência médica deliberada parece ser o novo método preferido do Príncipe herdeiro Mohammed bin Salman para lidar com ativistas detidos."

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