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Apagão: Tribunal de Espanha vai investigar possibilidade de ter sido ciberataque

O anúncio foi feito pouco depois de a empresa responsável pela gestão da rede elétrica de Espanha ter descartado a possibilidade de o apagão ter sido provocado por um ato de sabotagem cibernética à companhia.

O juiz do Tribunal Nacional espanhol José Luis Calama anunciou esta terça-feira ter iniciado uma investigação preliminar para apurar se o apagão de segunda-feira da rede elétrica espanhola pode ter sido um ciberataque às infraestruturas críticas espanholas.

Caso se comprovasse esse cenário, o ato constituiria um crime de terrorismo, explicou.

O anúncio foi feito pouco depois de a empresa responsável pela gestão da rede elétrica de Espanha ter descartado a possibilidade de o apagão, que também afetou Portugal e o sul de França, ter sido provocado por um ato de sabotagem cibernética à companhia.

"Com as análises que pudemos realizar até agora, podemos descartar um incidente de cibersegurança nas instalações da Red Elétrica", disse o diretor de operações da Red Elétrica de Espanha (REE), Eduardo Prieto, numa conferência de imprensa em Madrid. Prieto insistiu em que não foi detetada "nenhuma intrusão" nos sistemas de controlo da empresa.

Segundo o diretor da REE, a empresa trabalhou desde segunda-feira com o Instituo Nacional de Cibersegurança de Espanha, que está na tutela do Centro Nacional de Inteligência.

Na noite de segunda-feira, o primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, admitiu não estar descartada nenhuma hipótese para explicar o apagão elétrico na Península Ibérica, um "desaparecimento súbito", em "apenas cinco segundos", de 15 gigawatts de produção.

"Nunca tinha acontecido uma queda a zero do sistema", disse Sánchez, numa declaração ao país, feita a partir de Madrid, após a segunda reunião do dia do Conselho Nacional de Segurança de Espanha.

"Estão a analisar-se todas as causas potenciais sem descartar qualquer hipótese", acrescentou.

"O que provocou este desaparecimento súbito do abastecimento" é algo que os especialistas ainda não conseguem explicar, acrescentou.

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