O jornal americano The New York Times conseguiu reunir três vídeos e vários depoimentos que comprovam execuções de civis ucranianos na cidade de Bucha. Estes vídeos poderão vir a ser usados como provas em julgamentos de crimes de guerra.
Depoimentos e vídeos enviados ao The New York Timesmostram como os paraquedistas russos executaram pelo menos oito civis ucranianos, o que constitui um crime de guerra.
REUTERS/Alkis Konstantinidis
Os vídeos publicados no The New York Times são gravações relativas ao dia 4 de março em Bucha e mostram execuções de civis em Bucha praticadas por militares russos. É possível ver-se uma fila de homens que estão a ser encaminhados por soldados russos que se encontram armados.
New evidence — including three videos obtained by The New York Times — shows how Russian paratroopers rounded up and executed at least eight Ukrainian men in Bucha on March 4, a likely war crime. https://t.co/EnA2q943Dspic.twitter.com/BRMDeGo0u6
Os vídeos foram filmados por câmaras de segurança de uma casa próxima e são uma das provas mais claras até agora dos possíveis crimes de guerra cometidos por estes soldados. Apesar da fraca qualidade da gravação, um dos civis ucranianos identifica-se facilmente devido à sua camisola azul.
Este vídeo termina sem sabermos o que aconteceu aos civis mas o outro vídeo capturado por um drone do dia seguinte, e também revelado pelo The New York Times, mostra corpos caídos no chão ao lado de um prédio e dois soldados russos a guardá-los. Entre estes homens consegue-se identificar a camisola azul do homem do vídeo anterior. Ucranianos relataram ao jornal terem ouvido disparos após os homens terem sido obrigados a entrar num local pelos soldados russos.
O jornal norte-americano pediu esclarecimentos aos Ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Defesa russos mas estes preferiram não comentar as descobertas.
Bucha fica a 60 quilómetros da capital e quando os russos abandonaram a cidade foram descobertas valas comuns. As autoridades ucranianas acreditam que tenham sido mortos e torturados 300 civis durante a ocupação russa da cidade.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.