Foram detidos quatro homens suspeitos de serem os líderes do grupo com "estruturas e instituições pseudoestatais", incluindo um sistema bancário e de seguros, que imprime documentos fictícios e a sua própria moeda.
A polícia deteve quatro membros de um grupo radical alemão que tem como objetivo substituir o Estado moderno, foi esta terça-feira, 13, avançado pelo ministro da Administração Interna depois de o movimento ter sido considerado uma potencial ameaça à democracia.
O Koenigreich Deutschland, Reino da Alemanha, em português, foi proibido pelo Ministério da Administração Interna depois de os procuradores demonstrarem que o grupo tinha estabelecido instituições paralelas para a implementação de um novo Estado, alinhado com uma ideologia de extrema-direita conhecida como movimento Reichsbuerger, que significa cidadãos do Reich, que pode ser traduzido para reino ou império.
Os membros do movimento defendem uma série de teorias da conspiração que questionam a legitimidade do Estado alemão moderno, considerando a democracia alemã como uma fachada ilegítima uma vez que se consideram cidadãos de uma monarquia que perdurou após a derrota da Alemanha na I Guerra Mundial, ignorando a sua abolição formal.
O serviço de inteligência alemão colocou o Reichsbuerger sob observação em 2016, depois de um dos seus membros ter matado um polícia com um tiro numa operação policial que incluía buscas em sua casa. Mas o escrutínio aumentou em dezembro de 2022 quando as autoridades começaram a investigar os planos para um golpe armado.
O grupo reino da Alemanha é uma fação do Reichsbuerger que existe há uma década e afirma ter cerca de seis mil apoiantes. Tem como objetivo conseguir separar-se da Alemanha e estabelecer um estado com forças policiais e jurisdição próprias.
"Não estamos a falar de um grupo de nostálgicos inofensivos, mas de estruturas criminosas e de uma rede criminosa", referiu o ministro do Interior alemão, Alexander Dobrindt.
Assim sendo a polícia cumpriu quatro mandados de detenção para suspeitos identificados como Mathias B., Peter F., Benjamin M. e Martin S.. Os procuradores disseram que os quatro homens são suspeitos de serem os líderes do grupo com "estruturas e instituições pseudoestatais", incluindo um sistema bancário e de seguros, que imprime documentos fictícios e a sua própria moeda. Peter F. é considerado o "supremo soberano" do grupo.
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