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Afinal, Boris Johnson recua e vai pedir extensão se não houver acordo para o Brexit

Documento entregue em tribunal diz que o governo vai cumprir a lei aprovada em setembro e "enviar uma carta na forma estabelecida o mais tardar 19 de outubro".

Documentos apresentados, esta sexta-feira, num tribunal escocês indicam que o governo britânico se compromete a pedir um adiamento do Brexit se não conseguir aprovar um acordo, contrariando o que tem dito publicamente o primeiro-ministro, Boris Johnson.

O documento, divulgado por um dos advogados envolvidos, diz que o governo vai cumprir a lei aprovada em setembro e "enviar uma carta na forma estabelecida o mais tardar 19 de outubro".

De acordo com a chamada Lei Benn, o primeiro-ministro tem de pedir uma extensão do processo por mais três meses, até 31 de janeiro, se não for alcançado um acordo até 19 de outubro nem autorizada uma saída sem acordo a 31 de outubro.

Recorde-se que, logo a seguir à decisão do parlamento, o líder do Partido Conservador dissera que preferia aparecer "morto numa valeta" do que ir a Bruxelas pedir uma nova extensão do prazo. No final do passado mês, em entrevista à BBC, garantiu que não se demitiria para evitar à Comissão Europeia ter que pedir que o Brexit seja adiado para lá do final de outubro. 

No país emerso

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Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.