A posição de Elon Musk na China poderá ser ameaçada com a sua colaboração com Donald Trump na próxima administração, mas a sua mãe está rapidamente a tornar-se a favorita do país.
Além de ser mãe de Elon Musk, o homem mais rico do mundo e dono da Tesla e da Space X, Maye Musk tem se mantido ocupada a visitar a China sempre que pode, em busca do próximo projeto.
Maye MuskVianney Le Caer/AP
Só este mês, a modelo de 76 anos esteve presente na inauguração da loja em Xangai da marca chinesa de colchões AISE Baobao, da qual é embaixadora global, participou num jantar de gala em Hangzhou, passou pela passadeira vermelha de uma empresa de cosmética em Wuhan e autografou exemplares da edição chinesa do seu livro A Woman Makes a Plan, que descreveu como sendo "um bestseller" na China.
Grande parte de sua popularidade no país veio com a publicação do seu livro em 2020 que encontrou um público alvo em mulheres da classe trabalhadora, que estão cada vez mais a resistir à pressão social para casar e ter filhos, mesmo quando o governo chinês diz que cabe a elas aumentar a taxa de natalidade nacional.
Desde o início de 2023 que tem sido uma visitante ávida da China, onde participa em palestras, é protagonista em vários anúncios para o smartphone Find X6 Pro e trabalha em parceria com a marca de malas Oleada na criação de uma coleção limitada. A presença da "influencer de cabelos prateados" também tem vindo a aumentar nas redes sociais chinesas, como a Xiaohongshu, onde já conta com cerca de 580 mil seguidores e milhares de gostos.
Durante estas viagens, faz questão de apoiar os interesses empresariais do filho, referindo nas redes sociais a quantidade de Teslas que vê nas estradas chinesas. Em novembro, publicou no X fotografias de Teslas em Xangai, juntamente com emojis de olhos em forma de coração.
A China é um mercado crucial para a Tesla, onde neste momento são fabricados cerca de metade dos seus veículos elétricos, sendo que o próprio Elon Musk já visitou várias vezes o país, e é normalmente recebido por altos dirigentes chineses. No entanto, a Tesla enfrenta não só incertezas políticas, como a concorrência de rivais nacionais como a BYD, cujo desempenho recorde já desencadeou impostos protecionistas nos Estados Unidos e na União Europeia.
Maye Musk poderá então ser a arma secreta de Musk na China. Uma figura popular e adorada que pode influenciar de forma positiva a imagem do filho e pode beneficiar os seus negócios, num país onde este já investiu milhares de milhões de dólares. A incerteza política poderá fragmentar a relação de Elon Musk com a China, uma vez que o multi-milionário irá assumir um papel principal na Casa Branca de Donald Trump. O presidente eleito dos EUA já ameaçou que iria aplicar impostos até 60% em todos os produtos chineses.
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