Nos últimos anos, muitas jovens têm sido detidas por "promover a libertinagem" e uso considerado "inadequado" das redes sociais.
A modelo e influencer egípcia Salma Elshimy foi condenada esta terça-feira a dois anos de prisão e ao pagamento de uma multa de 3.000 euros por "publicar fotos e vídeos pessoais com insinuações e movimentos imorais".
Redes Sociais / @salmaelshimy
Elshimy "admitiu" ter divulgado conteúdo com "insinuações e movimentos" para "aumentar o número de seguidores", segundo as investigações do Ministério Público.
A justiça egípcia decidiu decretar prisão preventiva à modela há duas semanas, após esta ter sido detida no aeroporto internacional do Cairo. O Tribunal Económico de Alexandria condenou esta terça-feira Salma Elshimy, noticiou a agência Efe.
A modelo, de 29 anos, foi denunciada por "violar os valores e princípios" da sociedade egípcia e por "ofender o público" com as suas publicações no Instagram e TikTok, onde tem quase um milhão de seguidores em cada uma destas redes sociais.
O Ministério Público egípcio tinha acusado inicialmente a influencer de criar conteúdo que "incita à imoralidade e desperta instintos sexuais".
Elshimy já tinha protagonizado uma grande polémica em 2020, quando foi detida brevemente após posar disfarçada de faraó na zona arqueológica de Sakkara, a sudoeste do Cairo, e tirar fotos para as suas redes sociais sem as devidas autorizações, alegaram as autoridades na altura.
Nos últimos anos, muitas outras jovens foram detidas no Egito por uso considerado "inadequado" das redes sociais, ao mesmo tempo em que foram acusadas de "promover a libertinagem" ou, diretamente, a prostituição ou o tráfico de pessoas.
Vários destes influencers egípcios estão atualmente presos após serem condenados por estas acusações, algo que organizações não-governamentais (ONG) locais e internacionais consideram "muito preocupante" e mais um exemplo da falta de liberdade de expressão que existe no Egito.
Influencer condenada a 2 anos de prisão por "insinuações e movimentos imorais" no Egito
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