Entoando palavras de ordem como "Sim à vida" e "Juventude Unida lutando pela vida", os manifestantes lançaram centenas de balões verdes "em memória dos não nascidos".
Milhares de pessoas manifestaram, este domingo, no centro de Madrid contra a interrupção voluntária da gravidez, que é autorizada em Espanha durante as primeiras 14 semanas de gravidez.
Entoando palavras de ordem como "Sim à vida" e "Juventude Unida lutando pela vida", os manifestantes marcharam da rua Serrano até à Porta de Alcalá, onde lançaram centenas de balões verdes "em memória dos não nascidos", nas palavras dos organizadores.
"O aborto deve ser banido. Desde a conceção existe uma vida independente da mãe e que tem todos os direitos", disse à AFP, Alejandra Anton, uma enfermeira de 32 anos que participou na manifestação com o marido e duas crianças de um ano e meio e três meses.
A manifestação aconteceu numa atmosfera festiva com cartazes como "O direito à vida é para todos, sem exceção", foi organizada pela plataforma ‘Yes to Life’.
De acordo com a lei espanhola, votada em 2010, as mulheres podem fazer a interrupção voluntária durante as primeiras 14 semanas de gravidez, um atraso na média de outros países europeus.
O Partido Popular (PP, conservador) lançou em 2013 um projeto de reforma para restringir o aborto a alguns casos limitados, mas a controvérsia que se seguiu o levou a retirar seu projeto.
O número dois do PP, Teodoro García Egea, juntou-se à manifestação para defender "a vida, a maternidade, o futuro da Espanha, o futuro das famílias", como disse aos jornalistas.
Os partidos de esquerda continuam a defender o direito à interrupção voluntária da gravidez; o líder do PP, Pablo Casado, já propôs um retorno à legislação mais restritiva da década de 1980.
Por sua vez, o partido Vox, de extrema-direita, que, segundo as sondagens, entrará no parlamento nacional pela primeira vez nas próximas legislativas, propõe que o aborto seja excluído do sistema público de saúde.
As eleições legislativas estão previstas para 28 de abril, e as sondagens dão a vitória aos socialistas do PSOE, do atual chefe de Governo, Pedro Sánchez, mas o PP, os liberais do Cidadãos e o Vox, juntos, podem somar lugares suficientes para formar uma coligação.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.