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Polícia alemã captura célula de extrema-direita

Uma brigada de contra-terrorismo da polícia alemã levou a cabo esta madrugada uma operação em que capturou cinco suspeitos da extrema-direita, acusados de atacar abrigos de refugiados

Os suspeitos, quatro homens e uma mulher, foram acusados de pertencer a uma organização terrorista de extrema-direita denominada Grupo de Freital, a partir do nome de uma cidade no Leste da Alemanha que foi palco de protestos racistas com repercussões no país inteiro.

"De acordo com uma investigação preliminar, o grupo preparava-se para perpetrar ataques com explosivos a casas destinadas ao asilo de refugiados, assim como a casas de inimigos políticos", indicou num comunicado o gabinete do procurador federal, citado pela agência France Presse.

Segundo a mesma fonte, os suspeitos armazenaram centenas de bombas de fogo-de-artifício provenientes da República Checa, que pretendiam utilizar nos ataques.

Foi desta forma que foi executado um ataque a uma residência de refugiados em Freital em Setembro de 2015. Os atacantes utilizaram bombas de fogo-de-artifício para rebentar os vidros de uma janela da cozinha da residência e "nenhum dos ocupantes foi ferido pelos estilhaços de vidro porque ninguém estava na cozinha nesse momento", indicou o gabinete do procurador.

Um segundo ataque atribuído ao mesmo grupo foi levado a cabo no mês seguinte, também com a utilização de fogo-de-artifício e também pedras, contra um edifício que alojava activistas de esquerda.

O gabinete do procurador referenciou um terceiro caso em Freital em Novembro do ano passado que provocou um ferido com estilhaços de vidro e a investigação prossegue agora no sentido de apurar se a mesma organização foi responsável por mais actos de violência.

Algumas cidades pequenas no estado da Saxónia no Leste da Alemanha, como Freital, ganharam ampla notoriedade em todo o país no ano passado, quando grupos de neo-nazis e residentes enfurecidos levaram a cabo vários actos de violência contra refugiados e contra a própria polícia.

A polícia federal alemã registou mais de 800 ataques contra abrigos de refugiados em 2015 em todo o país, que abriu as suas portas a quase 1,1 milhões de pessoas em busca de asilo no mesmo período. A maior parte destes ataques aconteceu no leste da Alemanha

A Ucrânia não ficará sozinha

Zelensky vê na integração na UE uma espécie de garantia de segurança, ainda que não compense a não entrada na NATO. É possível sonhar com um cessar-fogo capaz de evitar uma futura terceira invasão russa da Ucrânia (agora para Odessa e talvez Kiev, rumo às paredes da frente Leste da UE)? Nunca num cenário de concessão do resto do Donbass. O invadido a oferecer, pela negociação, ao invasor o que este não foi capaz de conquistar no terreno? Não pode ser. Aberração diplomática que o fraco mediador Trump tenta impor aos ucranianos.