Fonte do Governo saudita, citada pela agência de notícias oficial do reino, a SPA, saudou as declarações de Trump e sublinhou que a "luta contra o terrorismo e o extremismo não é uma opção, mas uma obrigação que requer acções firmes e rápidas para cortar as fontes de financiamento, venham elas de onde vierem".
Por sua vez, a agência de notícias estatal dos Emirados Árabes Unidos, a WAM, informou que o embaixador dos EAU em Washington, Yusef al Otaiba, saudou a "liderança do Presidente dos Estados Unidos ao abordar o preocupante apoio do Qatar ao extremismo" e acrescentou que Doha tem de "rever as suas políticas regionais, depois de admitir o seu apoio ao extremismo".
O responsável frisou ainda que estes passos são a "base" para o início de qualquer diálogo com o Qatar.
O Reino de Bahrain também agradeceu as declarações de Trump e destacou que a "posição firme" do presidente "é um marco dos sérios esforços dos Estados Unidos" e reflecte a insistência do país na luta contra o terrorismo.
A agência de notícias oficial do Bahrein, a BNA, refere ainda que os responsáveis do reino sublinharam a importância do Qatar "se comprometer a alterar a sua política e a participar com transparência nos esforços para combater o terrorismo".
A Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, o Bahrein, o Egipto e o Iémen cortaram na passada segunda-feira relações diplomáticas com o Qatar, que acusam de "apoiar o terrorismo". Os três países vizinhos impuseram ainda um bloqueio terrestre, naval e aéreo.
O presidente norte-americano, Donald Trump, instou na sexta-feira o Qatar a parar de financiar "imediatamente o terrorismo", apelando ao país, "bem como outros países na região, para fazerem mais e mais rapidamente".
"A nação do Qatar infelizmente, historicamente financiou o terrorismo a um nível muito alto", acusou Trump, numa conferência de imprensa na Casa Branca.
Também na sexta-feira, antes das declarações de Donald Trump, o secretário de Estado norte-americano Rex Tillerson tinha apelado levantamento imediato do bloqueio, por considerar que está a prejudicar a campanha militar dos EUA contra o grupo radical Estado Islâmico.
Tillerson adiantou que os EUA iriam apoiar esforços de mediação da crise, juntamente com o Kuweit e que já estavam disponíveis elementos de uma resolução e apelou para que "não haja mais escalada" na tensão.
O governante solicitou ainda ao Qatar para que considere as preocupações dos outros Estados árabes, relembrando que o país tem uma história de apoiar grupos violentos e que, apesar de já ter tomado algumas medidas para aliviar aquelas preocupações, deve fazer mais.