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Trump garante corrida à Casa Branca, mesmo que seja condenado

Débora Calheiros Lourenço 12 de abril de 2023 às 11:09

Numa entrevista dada a Tucker Carlson para a Fox News, o ex-presidente foi questionado sobre a possibilidade dos seus problemas legais o fazerem desistir da candidatura à Casa Branca em 2024 e respondeu: "Não, eu nunca desistiria, não é uma coisa minha".

O ex-presidente dos EUA, Donald Trump afirma que não pretende desistir da sua candidatura à presidência, em 2024, mesmo que venha a ser condenado em tribunal. Numa entrevista dada a Tucker Carlson para a Fox News, o ex-governante foi questionado sobre a possibilidade dos seus problemas legais o fazerem desistir da candidatura à Casa Branca e respondeu: "Eu nunca desistiria, não é uma coisa minha".

REUTERS/Marco Bello

A Constituição norte-americana não impede alguém que tenha sido acusado ou condenado por algum crime de se candidatar para ocupar o cargo.

Apesar de admitir que se vai concorrer ao cargo, considera que o atual presidente Joe Biden não o deve fazer: "Penso que ele não pode. Não se trata apenas da idade mas há algo de errado com ele".


Na mesma entrevista Donald Trump conta que os funcionários do tribunal de Manhattan, onde foram lidas as acusações no primeiro dos seus casos judiciais a chegar a julgamento, "estavam a chorar" e que o tentavam animar afirmando: "2024, senhor, 2024".

Os procuradores responsáveis pelo caso detalharam, em tribunal na semana passada, o funcionamento de um suposto esquema de pagamentos de "dinheiro secreto" para evitar a publicação de informações vistas como prejudiciais às eleições presidenciais de 2016. O esquema terá envolvido três pagamentos feitos por pessoas próximas de Trump: 30 mil dólares a um ex-porteiro da Trump Tower que afirmava que o ex-presidente teve um filho fora do casamento; 150 mil dólares a uma ex-modelo da Playboy que garantia ter tido um caso com o então candidato à Casa Branca e 130 mil dólares à atriz de filmes pornográficos Stormy Daniels, com quem também terá tido um caso.

Na semana passada, Donald Trump declarou-se inocente das 34 acusações criminais de que foi indiciado, incluindo questões relacionadas com falsificações de registos comerciais. O ex-presidente negou os dois casos extraconjugais e a empresa que fez o pagamento ao ex-porteiro garantiu que as alegações são falsas. Na entrevista transmitida na noite de terça-feira, Trump manteve a sua versão declarando: "Não fiz nada de errado".

O ex-presidente afirmou ainda que o curso de Economia que tirou na Universidade de Wharton na Pensilvânia não o preparou para a sua ida ao tribunal, referindo: "Não tivemos nenhuma aula sobre acusações".

O julgamento só deverá começar em 2024.

Donald Trump abordou ainda o tema da invasão à Ucrânia e partilhou a sua crença de que se estivesse na Casa Branca a invasão não teria ocorrido, partilhando que chegou a falar com o presidente Vladimir Putin sobre o assunto. Durante essa conversa foi possível entender "que ele ama a Ucrânia e a considera parte da Rússia".

O ex-presidente deixou críticas à atual posição norte-americana em relação à guerra, especialmente ao apoio militar enviado a Kiev.

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