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Trump ameaça BRICS com tarifas de 100% caso "brinquem com o dólar"

Lusa 14 de fevereiro de 2025 às 08:18

Desde que assumiu o poder, em 20 de Janeiro, Trump tem utilizado as tarifas como uma ferramenta de pressão para obter concessões não só no comércio, mas também na migração e na segurança, com a expectativa de forçar cada país a sentar-se e a negociar diretamente com os Estados Unidos.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou quinta-feira o bloco BRICS+, originalmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, com tarifas de 100% se "brincarem com o dólar".

REUTERS/Kevin Lamarque

"Os BRICS foram criados com um mau propósito. Se brincarem com o dólar, aplicaremos uma tarifa de 100% sobre eles no mesmo dia", destacou Trump aos jornalistas na Sala Oval da Casa Branca.

O chefe de Estado norte-americana realçou que se impusesse tal tarifa, estes países iriam implorar para que a retirasse, porque o bloco BRICS morreria.

"Se os BRICS quiserem jogar, estes países não negociarão mais connosco. Nós não negociaremos mais com eles", acrescentou Trump.

O líder republicano fez estas declarações horas antes de receber na Casa Branca o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, aliado dos Estados Unidos e membro dos BRICS.

Na semana passada, o Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o direito do bloco dos países emergentes de substituir o dólar como moeda de referência para as transações financeiras, apesar das ameaças do Presidente norte-americano.

Desde que assumiu o poder, em 20 de Janeiro, Trump tem utilizado as tarifas como uma ferramenta de pressão para obter concessões não só no comércio, mas também na migração e na segurança, com a expectativa de forçar cada país a sentar-se e a negociar diretamente com os Estados Unidos.

Os Estados Unidos impuseram hoje "tarifas recíprocas" aos países que tributam os produtos norte-americanos, com o objetivo de igualar as taxas que estas nações aplicam às exportações norte-americanas, tendo a União Europeia (UE) entre as principais vítimas.

"Decidi, para fins de justiça, que cobrarei uma tarifa recíproca. É justo para todos. Nenhum outro país pode reclamar", destacou Trump, na Sala Oval na assinatura da proclamação.

O governo republicano de Trump insistiu que as suas novas tarifas igualariam a capacidade de competição dos fabricantes americanos e estrangeiros, embora, segundo a lei atual, esses novos impostos provavelmente seriam pagos pelos consumidores e empresas americanos, diretamente ou na forma de preços mais altos.

A política de tarifas pode facilmente sair pela culatra para Trump se sua agenda aumentar a inflação e reduzir o crescimento, tornando esta uma aposta arriscada para um presidente ansioso para declarar sua autoridade sobre a economia dos EUA, noticiou a agência Associated Press (AP).

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