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Rússia devolve corpos de mil soldados ucranianos

Lusa 23 de outubro de 2025 às 13:10

Moscovo e Kiev trocaram 185 prisioneiros de guerra de cada lado no início de outubro.

A Rússia devolveu esta quinta-feira à Ucrânia 1.000 corpos que disse serem de soldados mortos em combate, anunciou a administração ucraniana responsável pelos prisioneiros de guerra.
Pessoas ajoelhadas com a bandeira da Ucrânia em homenagem aos soldados mortos Foto AP/Julia Demaree Nikhinson
“As operações de repatriamento ocorreram hoje”, disse o organismo, que saudou a ajuda prestada pelo Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICR), segundo a agência de notícias France-Presse (AFP). Os corpos, “segundo a parte russa, pertencem a militares ucranianos”, referiu a mesma fonte num comunicado citado pela agência oficial Ukrinform. Médicos legistas e investigadores “irão em breve realizar todos os exames necessários e a identificação dos corpos repatriados”, sob a autoridade da justiça ucraniana, acrescentou. A Ucrânia anunciou em meados de setembro que tinha recuperado milhares de corpos de soldados, tal como em julho e agosto, um sinal do intensificar dos combates ao longo da linha da frente no leste do país. Moscovo e Kiev trocaram 185 prisioneiros de guerra de cada lado no início de outubro. As trocas de restos mortais de militares e de prisioneiros de guerra constituem os únicos resultados das negociações entre os dois países, mais de três anos e meio após o início da invasão russa da Ucrânia. O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse em fevereiro a uma estação de televisão norte-americana que a Ucrânia já tinha perdido mais de 46.000 soldados. Dezenas de milhares de outros soldados ucranianos estavam dados como desaparecidos ou estavam detidos como prisioneiros pelas forças russas, segundo Zelensky. A estação britânica BBC e o jornal independente russo Mediazona, que se baseiam em dados de acesso livre, registaram mais de 135.000 soldados russos mortos em três anos e meio, mas admitem que o número real deverá ser mais elevado. Também se desconhece o número de vítimas civis nos dois países vizinhos desde o início da guerra em fevereiro de 2022.
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