Putin implica Ucrânia em ataque terrorista reivindicado pelo Estado Islâmico
Kiev já negou qualquer envolvimento. 143 pessoas morreram no ataque à sala de concertos e onze suspeitos foram detidos quando seguiam rumo à Ucrânia, diz presidente russo.
O presidente russo Vladimir Putin já reagiuao ataque que matou 143 pessoas em Moscovo, Rússia. Putin garantiu que todos os responsáveis seriam castigados, e afirmou que informações preliminares apontavam para um envolvimento do lado ucraniano no ato terrorista. O ataque foi reivindicado pelo grupo terrorista Estado Islâmico e Kiev já negou qualquer envolvimento no sucedido.
Putin afirmou que os atiradores tentaram escapar em direção à Ucrânia: "Eles tentaram esconder-se e movimentaram-se rumo à Ucrânia, onde, de acordo com dados preliminares, uma janela foi preparada para eles a partir do lado ucraniano."
Para o presidente russo, o massacre foi um ataque de "terrorismo internacional". "Todos os autores, organizadores e os que ordenaram este crime serão justa e inevitavelmente punidos. Quem quer que sejam, quem quer que os guie", frisou.
"Vamos identificar e punir todos os que apoiam os terroristas, quem preparou esta atrocidade, este ataque contra a Rússia, contra o nosso povo." Até agora, as autoridades russas detiveram onze pessoas.
"Medidas antiterrorismo e anti-sabotagem adicionais foram introduzidas em Moscovo e na região de Moscovo, e em todas as regiões do país. O principal agora é evitar que quem está por detrás deste banho de sangue cometa um novo crime", explicou o presidente russo.
24 de março será um dia de luto nacional na Rússia.
Vários atiradores dispararam indiscriminadamente contra o público que assistia a concertos na sala Crocus na noite de sexta-feira, 22. Entre os onze detidos, encontram-se quatro atiradores.
Este ataque surge duas semanas depois do aviso da embaixada dos EUA na Rússia sobre planos de extremistas para ataques terroristas em Moscovo. Horas após esse aviso, o FSB revelou ter travado um ataque numa sinagoga de Moscovo, planeado também por um ramo do Estado Islâmico.
Os suspeitos foram detidos perto da fronteira ucraniana, e Kiev já negou quaisquer responsabilidades no ataque. Segundo o deputado russo Alexander Khinshtein, os suspeitos fugiram num carro identificado pela polícia na região de Bryansk, a 340 quilómetros de Moscovo. Desobedeceram a ordens para parar. Dentro da viatura, foram encontradas uma pistola, munições, e passaportes do Tajiquistão. Este é um país maioritariamente muçulmano que integrava a União Soviética.
Em 2015, a Rússia combateu o Estado Islâmico na Síria, ao colocar-se ao lado do presidente Bashar al-Assad.
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