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"Putin deve e irá falhar": UE aprova novas sanções à Rússia

Diogo Camilo 25 de fevereiro de 2022 às 02:41

Líderes europeus avançam com segundo pacote de "sanções massivas" a Moscovo em menos de 24 horas. Macron acusa a Rússia de querer "trazer a Europa de volta à era dos impérios".

Depois de uma reunião de seis horas, os líderes da União Europeia aprovaram um segundo pacote de "sanções massivas" contra a Rússia pela invasão à Ucrânia. O presidente francês, Emmanuel Macron, disse mesmo que "Moscovo está a tentar trazer a Europa para a era dos impérios e das confrontações".

Von der Leyen // Emmanuel Macron // Charles Michel Reuters

A Rússia iniciou a sua invasão a Kiev durante a madrugada de quinta-feira, depois de uma declaração de guerra do presidente, Vladimir Putin. Foram registadas mais de 100 mil pessoas a saírem das fronteiras ucranianas, com a Ucrânia a registar a morte de 137 cidadãos no primeiro dia de confrontos.


Segundo a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o segundo nível de sanções europeias à Rússia têm como alvo 70% dos bens russos em mercado e empresas estatais chave para a Rússia. Os mesmos incidem sobre o setor financeiro, sendo cortado o acesso a mercados de capital europeus, ao setor energético, com a Rússia a não poder exportar petróleo para países da UE, no setor dos transportes, com aeronaves russas a não poderem pisar solo europeu, com limitações à Rússia no acesso a tecnologia e no acesso de diplomatas russos a países da União Europeia.

O presidente francês anunciou ainda que a Ucrânia receberá de Bruxelas um pacote de ajuda de 300 milhões de euros, com a mobilização de equipamento militar e meios militares para a Ucrânia.

Já António Costa anunciou depois que os líderes europeus tiveram a oportunidade de falar por videoconferência com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, reconhecendo que esta é, ao contrário do que a Rússia afirmou, um conjunto de "ações de larga escala e que cobrem todo o território da Ucrânia, incluindo a capital, Kiev".

O primeiro-ministro português explicou que, dado a UE não ser uma organização militar, Bruxelas apenas poderá aplicar medidas financeiras, deixando as medidas militares para a NATO, mas tendo já um terceiro pacote de sanções em perspectiva.

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