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Buscas por assassino de Charlie Kirk continuam em “momento sombrio para a América”

Débora Calheiros Lourenço 11 de setembro de 2025 às 12:47

Donald Trump culpou a “esquerda radical” pelo tiroteio e prometeu repressão. Republicanos e Democratas já reagiram.

Charlie Kirk, um importante aliado do presidente dos Estados Unidos, foi enquanto discursava na maior universidade pública de Utah, num evento onde estavam cerca de três mil pessoas. Desde então as autoridades iniciaram uma caça ao homem.
Charlie Kirk recebe apoio após tiroteio Foto AP/Jeffrey Phelps
Donald Trump culpou a “esquerda radical” pelo tiroteio e prometeu repressão, uma vez que considera que a sua “retórica é diretamente responsável pelo terrorismo que estamos a ver no nosso país hoje e que deve parar agora mesmo”.  “O Grande, e até mesmo Lendário, está morto. Ninguém entendia ou tinha o Coração da Juventude dos Estados Unidos da América melhor do que Charlie”, publicou Trump na Truth Social. Já o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, considerou Kirk como “um jovem e um pai genuinamente bom” e o secretário de Estado, Marco Rubio, partilhou estar “de coração partido e indignado pelo assassinato” de um “marido e pai incrível e um grande americano”. O presidente dos Estados Unidos ordenou que todas as bandeiras do governo sejam colocadas a meia haste até domingo em homenagem a Charlie Kirk.
A nível internacional, os primeiros-ministros britânico e canadiano publicaram mensagens de condenação à violência política e Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria, considerou este ataque como “o resultado da campanha internacional de ódio travada pela esquerda progressista-liberal”. Giorgia Meloni, uma das líderes europeias mais próximas de Trump, considerou o assassinato de Charlie Kirk como “uma ferida profunda para a democracia”. Até ao momento, as autoridades norte-americanas ainda não divulgaram ter algum suspeito, ainda assim dois homens foram detidos e interrogados, mas libertados em seguida. À porta do hospital regional de Timpanogos, para onde Charlie Kirk foi levado, cerca de uma dúzia de pessoas realizaram uma vigília. O governador do Estado de Utah, Spencer Cox, já afirmou que se tratou de um “assassinato político” num “dia sombrio”: “Este é um dia sombrio para o nosso estado, é um dia trágico para a nossa nação. Quero deixar bem claro que este é um assassinato político”. O governador do Texas, Ted Cruz, partilhou estar “chocado” por perder um “bom amigo” que conhecida desde a adolescência do jovem ativista. Em Nova Iorque, Zohran Mamdani, candidato democrata à Câmara de Nova Iorque, prestou homenagem a Charlie Kirk através de um vídeo publicado no X do excerto do seu discurso no evento anual de angariação de fundos da organização Judeus pela Justiça Económica e Racial, onde considerou a violência armada que assola o país como uma “praga”. A também democrata Kamala Harris, que concorreu às eleições presidenciais contra Trump, afirmou estar com as notícias do assassinato de Kirk e o ex-presidente Joe Biden considerou que "não há espaço no nosso país para este tipo de violência". 
O influenciador foi morto na primeira data da sua digressão “American Comeback tour”, que deveria contar com quinze eventos em universidades por todo o país. Por norma, durante estes eventos, Charlie Kirk convidava os participantes para debaterem consigo. Kirk era líder do grupo estudantil de direita Turning Point USA – "Ponto de viragem EUA", em português.
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