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Pentágono nega ter ajudado Ucrânia a abater alvos russos

Márcia Sobral 06 de maio de 2022 às 13:37

Porta-voz do Pentágono garante que Estados Unidos fornecem informações às forças militares apenas para "ajudar os ucranianos a defender o seu país" e diz que reportagem do New York Times é "irresponsável"

O Departamento de Defesa dos EUA negou, na quinta-feira, ter fornecido informações sobre a localização de generais russos no campo de batalha para que pudessem ser mortos pelas forças ucranianas.

Dezenas de manifestantes apelaram à paz na Ucrânia durante marcha em Washington

A notícia é avançada pelaagência France-Presse (AFP) que diz que o porta-voz do Pentágono, John Kirby, reagiu a uma grande reportagem doNew York Timessobre o apoio americano à Ucrânia, e afirmou que o país fornecia informações às forças de Kiev apenas "para ajudar os ucranianos a defender o seu país". Já o Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca classificou a reportagem doNew York Timescomo "irresponsável".

"Os Estados Unidos dão informações sobre a evolução no campo de batalha para ajudar os ucranianos a defender o seu país. Nós não oferecemos inteligência sobre onde estão as altas patentes militares no campo de batalha e não participamos nas opções de escolha dos alvos feitos pelos militares ucranianos", garantiu John Kirby numa conferência de imprensa.

Este comunicado vai assim contra o que já tinha sido noticiado pela comunicação social nos Estados Unidos que o país teria ajudado a Ucrânia aafundar o navio de guerra Moskva. ÀAFP, um funcionário do governo americano, em anonimato, confirmou também que as forças americanas não "fornecem informações específicas sobre alvos em navios".

A notícia surge na sequência de vários ataques a posições de comando russas que foram bem-sucedidas pelos ucranianos. Alguns relatos garantem que, na semana passada, os militares de Kiev bombardearam um lugar em Donbass onde estava de visita Valery Gerasimov, o principal general da Rússia, mas falharam apenas por algumas horas. 

"Francamente os ucranianos têm muito mais informação do que nós temos. Trata-se do país deles, do seu território e têm excelentes capacidades de serviços de inteligência. A Ucrânia combina a informação que nós e outros aliados fornecemos, com a informação que eles próprios recolhem nas frentes de combate" assegura o porta-voz do Pentagono.

Certo é que Washington está a enviar milhões de dólares em equipamentos militares e munições para o país liderado por Zelensky e estão a fornecer a Kiev informações obtidas através de satélites e outras fontes de inteligência.

"Queremos ver a Rússia enfraquecida ao ponto de não poder fazer o tipo de coisa que fez ao invadir a Ucrânia", garantiu Lloyd Austin, secretário de Defesa dos EUA.

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