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Nova frente? Tensão aumenta na fronteira entre Israel e Líbano

Débora Calheiros Lourenço 20 de outubro de 2023 às 11:03

EUA e o Reino Unido já pediram aos seus cidadãos que abandonassem o Líbano. O primeiro-ministro libanês pede aos "países amigos para exercerem a pressão necessária para parar as provocações e agressões israelitas contra o Líbano".

Israel ordenou esta sexta-feira a evacuação da cidade de Kiryat Shemona, perto da fronteira com o Líbano, onde durante esta semana foram registados vários confrontos entre o exército israelita e o grupo xiita Hezbollah, com relações próximas ao Irão.

REUTERS/Lisi Niesner

Segundo o comunicado do Ministério da Defesa e do Comando Norte do Exército israelita "os residentes da cidade de Kiryat Shemona" serão realojados em "casas de hóspedes subsidiadas pelo Estado".

No lado libanês da fronteira, as embaixadas dos Estados Unidos e do Reino Unido em Beirute aconselharam os seus cidadãos a deixarem o país uma vez que os voos ainda "permanecem disponíveis". Aconselharam ainda os cidadãos que tivessem viagens marcadas para o Líbano a cancelá-las.

Num comunicado a embaixada dos Estados Unidos afirmou: "Recomendamos que os cidadãos dos EUA no Líbano tomem medidas adequadas para deixar o país; as opções comerciais permanecem disponíveis atualmente".

O Reino Unido aconselhou ainda os cidadãos britânicos a "evitar áreas onde possam ocorrer manifestações".

Também a Arábia Saudita pediu aos seus cidadãos para saírem do Líbano "imediatamente", numa altura em que a guerra entre Israel e o Hamas parece estar a agravar as relações de Israel com vários países do Médio Oriente e grupos terroristas neles sediados, como é o caso do Hamas.

Os confrontos nas fronteiras a norte já levaram à morte de pelo menos 21 pessoas, avançou a Agence France Press. Israel garante que a maioria eram agentes terroristas anteriormente identificados, mas pelo menos três civis foram apanhados pelos confrontos, incluindo uma jornalista da Reuters.

Do lado israelita, foram mortas pelo menos três pessoas.

O Líbano já aprovou um plano para combater as possíveis repercussões nas infraestruturas e instalações públicas. O comunicado divulgado pelo primeiro-ministro interino Najib Mikati revela uma reunião com a Autoridade Nacional de Gestão de Desastres e Crises para preparar as medidas a adotar pelo Líbano.

Apesar de "a guerra ainda estar confinada à Faixa de Gaza, o que está a acontecer no sul d Líbano e a queda dos mártires, dias após dia, são coisas que devem parar", refere. Najib Mikati garante a sua "constante exigência tem sido pela solidariedade fraterna" e deixa um pedido ao "países amigos para exercerem a pressão necessária para parar as provocações e agressões israelitas contra o Líbano".

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