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Navios de guerra dos EUA e China em manobras "inseguras" junto a Taiwan

Leonor Riso 04 de junho de 2023 às 15:45

Navio chinês surgiu durante um exercício conjunto de Canadá e EUA no estreito de Taiwan.

Um navio de guerra chinês esteve a 137 metros de um contratorpedeiro norte-americano no Estreito de Taiwan de "forma insegura", reconheceram membros do exército dos EUA à agência noticiosa Reuters. Já a China culpou os EUA de "provocarem deliberadamente riscos" na região.

U.S. Navy/Naval Air Crewman (Helicopter) 1st Class Dalton Cooper/Handout via REUTERS

Tudo aconteceu durante um exercício conjunto das Marinhas dos EUA e Canadá no estreito que separa a ilha de Taiwan da China. Foi aí que um navio chinês surgiu à frente do contratorpedeiro Chung-Hoon, forçando-o a abrandar para impedir uma colisão, relata o Comando Indo-Pacífico em comunicado.

A China reclama que Taiwan é território chinês desde que o governo da derrotada República da China fugiu para a ilha, em 1949, após perder uma guerra civil contra os comunistas de Mao Zedong. Contudo, o governo de Taiwan reclama que a China nunca governou a ilha e Joe Biden, presidente dos EUA, assegurou que o seu país defenderia Taiwan na eventualidade de uma invasão chinesa.

O exercício militar foi conduzido no estreito pela 7.ª Frota da Marinha dos EUA e pelo navio Montreal, e consistiu numa travessia "rotineira" do estreito.

Na próxima semana, um representante da Casa Branca vai visitar a China. O vice-secretário de Estado para os Assuntos do Pacífico e Este da Ásia Daniel Kritenbrink vai discutir "assuntos chave na relação bilateral". Os laços entre a China e os EUA têm sido afetados não só por Taiwan, mas também por desrespeito aos Direitos Humanos e atividade militar no Mar do Sul da China.

China critica NATO

No sábado, a China protestou ainda contra a NATO por esta a considerar uma ameaça. "A China apela à NATO para que deixe de intensificar conflitos regionais e criar divisões e instabilidade", defendeu a embaixada chinesa na Noruega.

A China considera que o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, acusou o país de ameaçar países vizinhos e de reprimir os países que não sigam as ordens. "A NATO diz ser uma organização regional e defensiva, mas alguns membros da NATO consistentemente se alargam além das regiões tradicionais de defesa, estabelecendo frequentemente contactos militares próximos com países na região Ásia-Pacífico, o que resulta em escalada de tensões. É claro para a comunidade internacional qual é a verdadeira ameaça à paz regional e global."

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