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Milhares saíram à rua em várias cidades para pedir o fim da guerra em Gaza

Ana Bela Ferreira 05 de outubro de 2024 às 18:21

Nas vésperas do primeiro aniversário do ataque do Hamas em Israel e que desencadeou a guerra em Gaza, milhares de pessoas pediram o fim da ofensiva israelita.

Milhares de manifestantes saíram às ruas nas principais cidades por todos o mundo a pedir o fim do derramamento de sangue em Gaza. As manifestações acontecem na véspera do primeiro aniversário do ataque do Hamas em Israel, que desencadeou a guerra no enclave palestiniano.

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Foto: REUTERS/Ana Beltran
Foto: REUTERS/Christian Mang
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Foto: REUTERS/Esa Alexander

Cerca de 40 mil manifestantes pró- Palestina marcharam no centro de Londres, a que se juntaram milhares também em Paris, Roma, Manila e Cidade do Cabo. 

A guerra em Gaza foi desencadeada pelo ataque a 7 de outubro de 2023 do grupo armado palestiniano ao sul de Israel. Nesse ataque morreram 1.200 pessoas e cerca de 250 foram feitas reféns, segundo os números das autoridades israelitas.

A resposta de Israel traduziu-se num bombardeamento em larga escala da Faixa de Gaza, que dura há um ano e no qual morreram já 42 mil palestinianos, de acordo com os números do ministério da Saúde de Gaza (controlado pelo Hamas), e deslocou mais de 2,3 milhões de pessoas.

"Infelizmente, apesar de toda a nossa boa vontade, o governo israelita ignora a realidade e continua com as suas atrocidades em Gaza, e agora também no Líbano, no Iémen e também provavelmente mo Irão", referiu a manifestante Agmes Koury, em Londres, à Reuters.

Em Berlim, os apoiantes de Israel protestaram contra o aumento do antissemitismo. Registaram-se ainda confrontos entre a polícia e os manifestantes pró-Palestina. A escalada do conflito em Gaza tem levado no último ano a muitos protestos contra Israel, o que os seus defensores garantem aumentou o sentimento antissemita e levou ao questionamento do direito de Israel a existir como país.

A guerra alastrou à região, atraindo grupos apoiados pelo Irão no Líbano, no Iémen e no Iraque. Nas últimas semanas, o governo israelita intensificou a sua campanha contra o grupo libanês Hezbollah, apoiado pelo Irão, e o Teerão lançou esta semana um ataque de mísseis contra Israel.

Houssam Houssein, um dos manifestantes em Paris, afirmou à Reuters: "Receamos uma guerra regional, porque há tensões com o Irão neste momento, e talvez com o Iraque e o Iémen". "Precisamos de pôr fim à guerra porque está a tornar-se insuportável."

Em Roma, cerca de seis mil pessoas saíram à rua com bandeiras da Palestina e do Líbano, desafiando uma proibição de manifestações no centro da capital italiana, decretado com a aproximação do aniversário do 7 de outubro.

Apesar dos aliados, como os EUA, apoiarem o direito de defesa, Israel tem enfrentado condenação internacional por causa das suas ações em Gaza e agora por causa dos bombardeamentos no Líbano. O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, tem resistido às críticas argumentando que está a agir para defender o seu país para evitar que um ataque como o 7 de Outubro se repita.

Estão também previstas este fim de semana manifestações de apoio a Israel.

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