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Merkel deseja Europa fortalecida contra "deprimente" Trump

11 de junho de 2018 às 07:24

Merkel defende que a Europa tem de tomar o destino nas suas próprias mãos, e em algumas ocasiões com o Japão e o Canadá, perante um presidente dos EUA que tem uma agenda clara.

A chanceler alemã, Angela Merkel, apelou ao fortalecimento da União Europeia perante a crise de relações com os EUA e considerou "deprimente" o facto de Donald Trump não ter assinado o acordo final da cimeira do G7.

"Há que assumir que estamos perante um presidente dos EUA que tem uma agenda definida pela sua 'America First'", disse Merkel em entrevista à televisão alemã ARD.

Merkel começou por qualificar de "deprimente a forma como o presidente dos EUA, Donald Trump, retirou o seu apoio ao comunicado da cimeira do G7".

"Falámos seriamente sobre questões importantes, chegámos a um acordo e, em seguida, a forma como o presidente retirou o seu apoio, através de um 'tweet', foi um banho de água fria e até deprimente", disse Angela Merkel.

"Estou convencida de que pode haver acordos em que todos sejam favorecidos, mas o presidente dos Estados Unidos parece acreditar que alguém tem sempre de vencer", disse a chanceler.

Merkel reiterou que a Europa tem de tomar o destino nas suas próprias mãos, e em algumas ocasiões com o Japão e o Canadá, perante um presidente dos Estados Unidos que tem uma agenda clara.

As duas questões-chave para a Europa, de acordo com Merkel, são alcançar um consenso claro e permanente sobre a política externa e superar a crise migratória para o que é preciso melhorar a protecção das fronteiras externas da UE e criar um sistema europeu comum de asilo.

Merkel disse que dedicará toda a sua energia a este último ponto porque caso não se encontre uma solução haverá "um sério perigo para a Europa".

Sobre a disputa comercial com os Estados Unidos, Merkel apelou a que os europeus se mantenham unidos e que façam esforços para evitar uma escalada das divergências.

O presidente dos Estados Unidos dissociou-se no sábado do comunicado final da cimeira do grupo dos sete países mais industrializados do mundo (G7), chamando ao primeiro-ministro do Canadá, anfitrião da reunião, de "muito desonesto e fraco" por este ter classificado como insultuosas as tarifas alfandegárias norte-americanas.

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