Secções
Entrar

Guterres em Rafah pede um "cessar-fogo imediato e permanente"

Débora Calheiros Lourenço 20 de outubro de 2023 às 12:23

O líder da Organização das Nações Unidas deixou claro que "nenhuma solução é possível sem a criação de um Estado palestiniano independente, lado a lado com Israel".

António Guterres, secretário-geral da ONU, esteve esta sexta-feira, 20, na fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito para defender a solução de dois estados e pedir que a fronteira seja aberta.

REUTERS/Amr Abdallah Dalsh

"Estes camiões não são apenas camiões. Estes camiões são a tábua de salvação para as pessoas em Gaza. Precisamos de transportá-los o mais rapidamente possível e tantos quantos forem necessários. Estamos a trabalhar com todas as partes para garantir o fornecimento de ajuda humanitária a Gaza. Não estamos a falar apenas de um camião mas sim de muitos a entrar todos os dias em Gaza", começou por pedir.

Guterres, que foi recebido por vários manifestantes pró-Palestina, alertou para o facto de esta não se tratar de uma "missão humanitária normal" e apelou pelo "cessar-fogo imediato e permanente" para "facilitar o processo".

"Há quase duas semanas que a população de Gaza não recebe qualquer carregamento de combustível, alimentos, água, medicamentos e outros bens essenciais. A doença está a alastrar, as provisões estão a diminuir e as pessoas estão a morrer", declarou António Guterres.

O líder da Organização das Nações Unidas deixou claro que "nenhuma solução é possível sem a criação de um Estado palestiniano independente, lado a lado com Israel". Esta solução a dois Estados deve ter por base garantias de "segurança mútua" e estar "em conformidade com as resoluções internacionais e com os acordos estabelecidos entre as duas partes".

Ao mesmo tempo que Guterres falava em Rafah o alto-comissário das Nações Unidas para os refugiados, Filippo Grandi, encontrava-se numa conferência de imprensa em Tóquio onde defendeu que a escalada, ou até a continuação da ação militar de Israel em Gaza, será catastrófica para a população local.

Deixando claro que a agência da ONU para os refugiados (ACNUR) não tem mandato oficial nos territórios palestinianos ou em Israel partilhou ainda que "partilha a extrema preocupação e angústia expressada por muitos colegas, incluindo o Secretário-Geral das Nações Unidas" em relação ao conflito.

Artigos Relacionados
Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

A longa guerra dos juízes que não se suportavam - o ataque

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

A longa guerra dos juízes que não se suportavam - o contra-ataque

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Vida

Encontraram soldados nazis enterrados no quintal

TextoSusana Lúcio
FotosSusana Lúcio
Exclusivo

Repórter SÁBADO. Jihadista quer cumprir pena em Portugal

TextoNuno Tiago Pinto
FotosNuno Tiago Pinto