O sexto dia da guerra na Ucrânia foi um dos mais mortais e destrutivos. Segunda ronda de conversações entre russos e ucranianos deverá acontecer na manhã desta quinta-feira, na Bielorrússia.
Termina aqui o liveblog desta quarta-feira.
Continue a acompanhar o que se passa na Ucrânia no novo liveblog da SÁBADO.
Sete militares romenos morreram hoje quando o helicóptero em que seguiam se despenhou perto do Mar Negro, durante operações de busca por um avião de combate MiG-21 cujo piloto ainda está desaparecido, segundo o Ministério da Defesa.
As sete vítimas mortais são os cinco tripulantes do helicóptero e dois especialistas em busca e salvamento das forças navais romenas, segundo a mesma fonte.
"As operações para encontrar o piloto do MiG-21 LanceR ainda estão em andamento", disse à televisão romena o general Constantin Spanu, porta-voz do ministro da Defesa.
O avião de combate descolou pouco antes das 20:00 locais (18:00 GMT) da base de Mihail Kogalniceanu (sudeste), onde 1.000 soldados norte-americanos foram mobilizados em fevereiro para consolidar o flanco leste da Aliança devido às tensões com Rússia, que entretanto invadiu a vizinha Ucrânia.
O piloto, cuja nacionalidade não foi especificada, relatou más condições meteorológicas, perdeu contacto com a torre de controle e desapareceu do radar, segundo a agência EFE.
O helicóptero enviado para as operações de busca teve o mesmo destino e caiu a 11 quilómetros de distância, segundo o Ministério da Defesa.
"É prematuro discutir as causas do acidente. O tempo estava desfavorável, mas não podemos comentar nesta fase", disse o general.
"Nada poderia ser feito para salvar a tripulação. Agora estamos concentrados nas operações de busca" pelo piloto, acrescentou.
Depois de duas violentas explosões no centro de Kiev, o jornal Kyiv Independent dá conta de uma terceira e quarta explosão junto à estação de metro de Druzhby Narodiv.
??????A third and fourth explosion have now been heard near Kyiv's Druzhby Narodiv metro station.
Air raid alerts in Kyiv. Residents must go immediately to the nearest shelter.
O jornal independente Kyiv Independent dá conta de uma forte explosão ouvida na capital ucraniana, pouco depois de terem soado as sirenes de alerta para o risco de ataques aéreos.
??Loud explosion heard in Kyiv.
O Banco Mundial anunciou hoje a suspensão imediata de todos os programas de ajuda na Rússia e na Bielorrússia, em retaliação à invasão russa da Ucrânia.
"Após a invasão russa da Ucrânia e as hostilidades contra o povo ucraniano, o Grupo Banco Mundial suspendeu todos os seus programas nas Rússia e na Bielorrússia com efeito imediato", disse a entidade de Washington (Estados Unidos) em comunicado.
Na Bielorrússia, o Banco Mundial comprometeu-se com 11 projetos, totalizando 1,15 mil milhões de dólares (cerca de mil milhões de euros). Na Rússia, liderava quatro projetos com o valor de 370 milhões de dólares (cerca de 332 milhões de euros), de acordo com o ‘site’ na Internet da instituição.
O Banco Mundial também enfatizou que não aprovou "nenhum novo empréstimo ou investimento na Rússia desde 2014", ou seja, desde anexação da Crimeia por Moscovo.
"Também não houve nenhum novo empréstimo aprovado para a Bielorrússia desde meados de 2020", acrescentou.
Um membro da missão especial na Ucrânia da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) morreu esta terça-feira durante os ataques em Kharkiv, anunciou a própria organização.
Em comunicado, o OSCE refere que a vítima, Maryna Fenina, morreu "enquanto recebia mantimentos para a sua família na cidade que se tornou uma zona de guerra".
The OSCE mourns the death of a national mission member of the @OSCE_SMM in Kharkiv yesterday:https://t.co/3BtpxfpLH9
O presidente da câmara de Kherson, no sul da Ucrânia, confirmou que a cidade está "cercada". Em comunicado, Igor Kolykhaev diz que a situação na capital da região do sul do país é tensa e que as tropas russas estão a entrar na cidade e a tomar os edifícios administrativos.
Ao início da tarde, o governo ucraniano tinha desmentido notícias de que Kherson tinha sido conquistada pelos russos, naquela que seria a primeira cidade a cair desde o início da invasão russa na passada semana.
Kolykhayev pediu a soldados russos que não disparem sobre civis e alertou os cidadãos ucranianos para apenas caminharem nas ruas durante o dia. "Não temos forças armadas na cidade, apenas civis e pessoas que aqui querem viver."
O procurador do Tribunal Penal Internacional, Karim Khan, emitiu um comunicado em que esclarece que abriu investigação aos possíveis crimes de guerra praticados na Ucrânia, após um pedido que envolveu 39 Estados-membros do tribunal.
Em comunicado, Khan refere que a 28 de fevereiro anunciou a decisão de pedir autorização para esta investigação, indicando que foi agora anunciada a sua decisão à presidência do ICC de proceder à investigação.
"O nosso trabalho na recolha de provas começa agora", escreve.
O Reino Unido anunciou esta quarta-feira que 38 países avançaram uma queixa ao Tribunal Penal Internacional, exigindo que este investigue os crimes de guerra da Rússia sobre a Ucrânia.
Segundo o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, este é "o maior requerimento de sempre enviado ao Tribunal Penal Internacional". "Está claro que Putin não pode cometer estes atos horríveis com impunidade", escreveu.
A ministra britânica dos Negócios Estrangeiros, Liz Truss, anunciou a medida nas redes sociais, acrescentando que Moscovo está "a usar força indiscriminada contra civis inocentes na sua invasão ilegal e não provocada da Ucrânia" e que o "regime de Putin deve ser responsabilizado".
and 37 of our allies have referred atrocities in Ukraine to the @IntlCrimCourt.
Russia is using indiscriminate force against innocent civilians in its illegal and unprovoked invasion of Ukraine. The Putin regime must be held accountable.
Depois de quatro caças russos terem entrado no espaço aéreo da Suécia no Mar Báltico, esta quarta-feira, o ministro da Defesa sueco descreveu o caso como "completamente inaceitável".
"Levará a uma firme resposta diplomática por parte da Suécia. A soberania e o território sueco devem sempre ser respeitados", disse Peter Hultqvist à agência noticiosa TT. As forças armadas suecas avançaram entretanto que a situação está sob controlo e que o incidente mostrou a prontidão de Estocolmo.
A invasão do espaço aéreo sueco foi feita por dois SU27 e dois SU 24 junto à ilha de Gotland, no Mar Báltico, com a Suécia a enviar caças JAS 39 Gripen para registarem a violação.
A comitiva ucraniana já está a caminho da Bielorrússia para uma segunda ronda de negociações com a Rússia, avançou o conselheiro presidencial de Volodymyr Zelensky, Mykhailo Podolyak, àReuters.
Moscovo já tinha avançado que a segunda reunião entre delegações para discutir um cessar fogo poderia começar na manhã desta quinta-feira.
Este é o segundo encontro entre representantes dos dois países desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, a 24 de fevereiro.
ONew York Timesavança que a China terá pedido à Rússia para adiar a invasão à Ucrânia até ao fim dos Jogos Olímpicos de Inverno, que se realizaram em Pequim e terminaram a 20 de fevereiro. As manobras que levariam ao início do conflito aconteceram no dia seguinte, a 21 de fevereiro, com forças russas a entrarem na Ucrânia no dia 24.
O primeiro-ministro manifestou hoje à embaixadora da Ucrânia em Portugal a solidariedade do governo português com medidas concretas e concertadas com a União Europeia e NATO e, a nível nacional, para a proteção temporária dos cidadãos deslocados.
Esta posição foi transmitida por António Costa na sua conta na rede social Twitter, depois de ter recebido em São Bento a embaixadora ucraniana, Inna Ohnivets, num encontro que durou cerca de uma hora e em que também esteve presente o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.
"Reforcei pessoalmente à embaixadora da Ucrânia em Portugal, Inna Ohnivets, a nossa solidariedade para com o povo ucraniano. Solidariedade com medidas concretas, concertadas com os parceiros europeus e da NATO, mas também a nível nacional para proteção temporária dos deslocados", escreveu o primeiro-ministro português.
Na mesma mensagem, António Cota adianta que também transmitiu a Inna Ohnivets "uma palavra de confiança à comunidade ucraniana que reside em Portugal".
"Os seus familiares, amigos e conhecidos que entendam que devem procurar em Portugal a segurança e o destino para dar continuidade às suas vidas, são muito bem-vindos", reiterou o líder do executivo português.
O bombardeamento russo a Kiev continua, e relatos dão conta de uma poderosa explosão junto à estação ferroviária da capital. Há zonas da cidade que podem ficar sem aquecimento, de acordo com o conselheiro do ministro do Interior.
Quatro caças russos invadiram esta quarta-feira o espaço aéreo da Suécia, revelaram as Forças Armadas do país. Os aviões SU 27 e SU 24 foram captados numa imagem a este de Gotland.
Números, no mínimo, contraditórios. Enquanto a Rússia regista apenas 498 baixas entre as suas forças militares, com pouco mais de 1.500 feridos, o conselheiro militar de Volodymyr Zelensky avança agora que morreram mais de 7 mil soldados russos desde o início da invasão à Ucrânia.
Segundo Oleksiy Arestovich, durante uma atualização em transmissão televisiva, haverá ainda centenas de soldados russos que foram tornados prisioneiros e um comandante russo terá sido levado para a Bielorrússia após ficar gravemente ferido.
Aatualizaçãodo Ministério da Defesa da Rússia tem números diferentes: Moscovo regista apenas 498 mortes e 1.597 feridos na última semana, descrevendo as alegações de meios de comunicação do Ocidente como "desinformação deliberada".
A Rússia regista ainda 2.870 mortes entre "tropas e nacionalistas" ucranianos e cerca de 3.700 feridos, indicou o porta-voz do Ministério da Defesa, Igor Konashenkov, com 572 soldados ucranianos a terem sido capturados.
O Ministério da Defesa russo garantiu esta quarta-feira que não haverá obstáculos para civis ucranianos que queriam deixar Kiev rumo ao sul do país, indicando que também podem deixar a cidade de Mariupol rumo a este e à Rússia.
"Quero enfantizar que todos os civis que decidam deixar Mariupol por razões de segurança que podem sair em direção ao este através da autoestrada Mariupol-Shyrokyne", indicou o porta-voz Igor Konashenkov, citado pela agência noticiosa russa independenteInterfax.
Segundo o mesmo, as forças militares russas também não colocarão entraves aos residentes de Kiev.
"Isto também se aplica aos habitantes de Kiev que conseguem deixar a cidade em direção a Vasylkiv", uma pequena cidade a sul da capital ucraniana. "As tropas russas não estão a colocar obstáculos", garante.
O Ministério da Defesa russo deu uma última atualização quanto ao número de mortos e feridos entre as forças militares: 498 soldados russos morreram e 1.597 ficaram feridos.
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O presidente ucraniano diz-se "grato" a todos os estados que votaram a favor da resolução da Assembleia Geral da ONU que exige que a Rússia pare com a guerra na Ucrânia e retire todas as tropas. "Escolheram o lado certo da história", escreveu, descrevendo como "resultados arrasadores" os cinco votos contra para "o agressor".
"Mostram que uma coligação global anti-Putin foi formada e está a funcionar. O mundo está connosco. A verdade está do nosso lado. A vitória será nossa!"
1/2 I praise the approval by the #UN GA with an unprecedented majority of votes of the resolution with a strong demand to Russia to immediately stop the treacherous attack on . I’m grateful to everyone & every state that voted in favor. You have chosen the right side of history pic.twitter.com/1sb0qjxXKs
África do Sul, Argélia, Angola, Arménia, Bangladesh, Bolívia, Burundi, República Centro-Africana, Cazaquistão, China, Congo, Cuba, El Salvador, Índia, Irão, Iraque, Laos, Madagáscar, Mali, Mongólia, Moçambique, Namíbia, Nicarágua, Paquistão, Quirguistão, Senegal, Sudão, Tajiquistão, Tanzânia, Uganda, Vietname e Zimbabué.
A Assembleia-Geral das Nações Unidas votou esmagadoramente a favor de uma resolução que exige que a Rússia pare com a guerra na Ucrânia e retire todas as tropas. Foi apoiada por 141 votos, e recusada por cinco países (Bielorrússia, Coreia do Norte, Eritreia, Rússia e Síria). 35 abstiveram-se, entre eles Angola e Moçambique.
A Rússia espera a delegação ucraniana esta quinta-feira, na Bielorrússia, para a próxima ronda de negociações com vista a travar o conflito entre os dois países. As agências russas citam o negociador russo Vladimir Medinsky. O exército russo vai criar um corredor de segurança para a delegação ucraniana.
Além de material de combate, os militares russos também estarão a deixar para trás documentos secretos com os planos da invasão da Ucrânia.
De acordo com esses documentos, recuperados pelas forças armadas ucranianas, a invasão foi aprovada no dia 18 de janeiro e deveria arrancar a partir do dia 20 de fevereiro, o que aconteceu a 24 de fevereiro.
Os documentos terão sido abandonados por uma unidade russa sedeada no Mar Negro e revelam ainda o plano operacional para a invasão até ao dia 6 de março.
Volodymyr Zelensky tinha acabado de dar uma entrevista quando soube do bombardeamento a uma torre de TV em Kiev, Ucrânia, que acabou por atingir um memorial ao Holocausto. Durante a entrevista, relatou que não podia estar com a sua família e que os viu pela última vez há três dias. Depois, foi informado do bombardeamento. "É isto a Rússia. Os meus parabéns", ironizou.
Portugal é um dos 26 países europeus envolvidos na campanha de envio de ajuda humanitária para os milhares de refugiados da Ucrânia, que fogem da investida russa, coordenado pelo Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia (UE).
Segundo dados hoje divulgados pela Comissão Europeia, Portugal, Noruega, Bulgária, República Checa, Estónia e Luxemburgo foram os países que mais recentemente aderiram ao apelo de envio de auxílio, comparticipando, nomeadamente, com ‘kits’ de ajuda médica, medicamentos, sacos-cama e geradores.
De acordo com um comunicado da Comissão Europeia, na sequência do pedido de assistência da Moldávia, a Croácia, Dinamarca, Grécia, Finlândia e Suécia ofereceram ambulâncias, tendas, cobertores e uma cozinha de campo, bens que se somam a ofertas anteriores da França, Áustria e Países Baixos.
A Eslováquia e a Polónia também ativaram o Mecanismo de Proteção Civil da UE, solicitando apoio para lidar com o afluxo de refugiados da Ucrânia.
chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, disse hoje que o Presidente norte-americano, Joe Biden, sabe que a única alternativa às sanções contra Moscovo é uma terceira guerra mundial, que seria "uma guerra nuclear devastadora".
Biden "tem experiência e sabe que não há alternativa às sanções, senão a guerra mundial", disse Lavrov à televisão do Qatar Al Jazeera, citado pela agência espanhola EFE.
"A terceira guerra mundial seria uma guerra nuclear devastadora", disse o diplomata veterano, de 71 anos.
Agência de Notícias Russa TASS informa que a delegação russa que vai negociar com a Ucrânia já está a caminho do local de encontro.
A segunda ronda de negociações decorre esta quarta-feira à noite. As delegações vão ter a mesma composição de segunda-feira, confirmou a Ucrânia.
O parlamento ucraniano afirmou que já morreram 21 crianças no contexto da guerra com a Rússia. O parlamento é citado pela agência de notícias ucraniana. A comissária dos Direitos Humanos Lyudmila Denisova indica ainda a existência de 55 crianças feridas no mesmo período.
Segundo o último balanço das Nações Unidas, de terça-feira, estava confirmada a morte de 13 crianças e de 26 feridas, a maior parte atingida por "armas explosivas com ampla área de impacto".
O governador de Mariupol diz que as forças russas estão a impedir a retirada de civis, devido ao combate que se verifica nas ruas da cidade ucraniana. "Nem conseguimos retirar os feridos das estrada e das casas devido aos bombardeamentos que não param", descreveu Vadym Boichenko, o presidente da câmara de Mariupol, em declarações à televisão ucraniana.
O governador indica que a cidade sofreu muitas baixas nas últimas 14 horas devido aos ataques consecutivos da Rússia. "O inimigo fez tudo para bloquear a saída de civis desta cidade com meio milhão de habitantes", criticou Boichenko.
Mais de dois mil civis ucranianos morreram desde o início da invasão russa, informam os serviços de emergência da Ucrânia em comunicado.
Nos últimos dias foram atacados e parcialmente destruídos hospitais, terminais de transportes, jardins de infância e blocos de apartamentos, o que aumentou largamente o número de vítimas civis.
As Nações Unidas têm no terreno equipas para confirmar o número de mortes de civis, não tendo ainda confirmado estas novas informações, mas tendo avisado que é expectável que o número de vítimas continue a acumular-se.
O ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, convocou para hoje uma reunião do Conselho Superior Militar, o seu principal órgão de consulta, para analisar a situação que se vive na Ucrânia, anunciou o ministério.
De acordo com uma nota, que não indica hora, a análise da "situação que se vive na Ucrânia" é o único ponto na agenda da reunião de hoje do principal órgão de consulta do ministro da Defesa em matérias relativas à defesa nacional e às Forças Armadas.
O Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, almirante Silva Ribeiro, o secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional, Jorge Seguro Sanches, a secretária de Estado de Recursos Humanos e Antigos Combatentes, Catarina Sarmento e Castro e os Chefes do Estado-Maior dos três ramos das Forças Armadas integram o Conselho Superior Militar, presidido pelo ministro da Defesa.
Fonte da Defesa Nacional disse à Lusa que esta reunião se enquadra no acompanhamento permanente da situação vivida na Ucrânia. Quanto à participação dos militares portugueses nas missões previstas, mantém-se sem alterações em relação ao que já tinha sido anunciado.
Portugal vai contribuir com cerca de oito a 10 milhões de euros para o pacote europeu que visa fornecer armas ao exército ucraniano, que combate a invasão russa.
O presidente da Câmara Municipal de Kherson, uma cidade ucraniana no sul, negou que os russos a tivessem conquistado. Esta manhã, a Rússia anunciou que tinha tomado controlo da cidade habitada por cerca de 250 mil pessoas. Nas redes sociais, circularam imagens de veículos militares e soldados russos a caminhar nas ruas. O governador regional tinha revelado de noite que Kherson estava cercada e sob fogo e que os russos estavam a saquear lojas e farmácias. Porém, a Ucrânia nega que a cidade tenha "caído". "Ainda somos Ucrânia. Ainda estamos firmes", escreveu o autarca Igor Kolykhaiev no Facebook.
As forças russas dispararam um míssil de cruzeiro contra o edifício da câmara em Kharkiv.
De acordo com os serviços de emergência, o último balanço do ataque a Kharkiv aponta para quatro mortos e nove feridos e ainda dez pessoas resgatadas.
As forças armadas russas anunciaram hoje a destruição de 1.502 instalações militares ucranianas desde o início da "operação especial" na Ucrânia, sem referir baixas do seu lado, que a Ucrânia disse serem quase 6.000.
A lista de alvos destruídos pelas tropas de Moscovo inclui "51 centros de comando e comunicações das forças armadas ucranianas, 38 sistemas de mísseis terra-ar S-300, Buk M-1 e Osa, e 51 estações de radar", disse o porta-voz do Ministério da Defesa, major-general Igor Konashenkov, citado pela agência estatal TASS.
As tropas russas também destruíram "47 aviões no solo e 11 aeronaves no ar, 472 tanques e outros veículos blindados de combate, 62 sistemas de foguetes de lançamento múltiplo, 206 armas de artilharia de campo e morteiros, 336 veículos motorizados militares especiais e 46 veículos aéreos não tripulados", disse o porta-voz.
O Ministério da Defesa russo "assegurou que as tropas russas não estão a visar cidades ucranianas, limitando-se a atacar e incapacitar cirurgicamente as infraestruturas militares ucranianas", segundo a TASS.
"Não existem quaisquer ameaças para a população civil", acrescentou a agência de notícias estatal.
As informações não podem ser confirmadas por fonte independente, tal como acontece com as informações divulgadas pelas autoridades ucranianas sobre as baixas russas.
As forças armadas da Ucrânia anunciaram hoje que as "perdas dos invasores estão estimadas em 5.840 pessoas", segundo a agência ucraniana Ukrinform.
A agência não especifica se o balanço se refere apenas a mortos ou se inclui feridos e prisioneiros.
Segundo o relatório citado pela Ukrinform, também foram destruídos mais de 200 tanques russos, 862 veículos blindados, 85 sistemas de artilharia, 40 MLRS (sistemas de lançamento múltiplo de foguetes), nove sistemas de defesa aérea, 30 aviões, 31 helicópteros, 355 veículos, duas lanchas ligeiras, 60 tanques de combustível e três ‘drones’ (aeronaves não tripuladas).
As autoridades de Kiev têm divulgado também um balanço de mortos civis, mais de 350 até terça-feira, mas sem referência a baixas militares.
O regresso das negociações entre Moscovo e Kiev está marcado para acontecer esta quarta-feira à noite.
Alexey Navalny, o mais conhecido opositor de Vladimir Putin, apelou à "luta contra a guerra".
"Tudo tem um preço, e agora, na Primavera de 2022, temos de pagar esse preço. Não há ninguém que o faça por nós. Não vamos ser 'contra a guerra'. Vamos lutar contra a guerra", escreveu o líder da oposiçaõ, atualmente detido numa cadeia russa.
"E se há alguma coisa na Rússia de que se possa estar orgulhoso neste momento são aquelas 6.824 pessoas que foram detidas porque — mesmo sem serem convocados — foram para as ruas com cartazes a dizer ‘Não à Guerra’", escreve ainda Navalny.
O último balanço das Nações Unidas dá conta de 836.000 refugiados ucranianos desde que começou a invasão russa.
Fronteiras da Ucrânia registam longas filas de pessoas que tentam fugir desesperadamente do país. Polónia é um dos países que tem recebido mais refugiados nos últimos dias.
A Espanha decidiu enviar "material militar ofensivo" para a Ucrânia declarou hoje o chefe do Governo espanhol, Pedro Sánchez, durante uma intervenção na Câmara dos Deputados espanhola.
"Como existem grupos (políticos) a questionar o compromisso do Governo em 'participar na ajuda militar à Ucrânia', quero anunciar que a Espanha enviará material militar ofensivo à resistência ucraniana", disse Sanchez.
Sánchez fez este anúncio durante uma intervenção na sessão plenária da Câmara dos Deputados para informar sobre a posição de Espanha em relação ao conflito na Ucrânia.
O chefe do Executivo espanhol sublinhou que desde o primeiro momento entendeu que a melhor forma de ajudar a Ucrânia era com ações coordenadas da União Europeia (UE), tanto na ajuda humanitária como no envio de material militar ofensivo e defensivo para o país perante o ataque da Rússia.
O preço de referência europeu do gás natural, o holandês TTF, disparou hoje para 194,715 euros por megawatt hora (MWh), um máximo histórico, impulsionado pela guerra na Ucrânia, sendo a Rússia um grande produtor e exportador de gás.
Desde que a Rússia, o principal exportador de gás natural da Europa, atacou militarmente a Ucrânia, na quinta-feira, que o preço do gás natural tem subido de forma acentuada.
Nesse dia, o gás natural registou um aumento de 30%.
Centenas de ucranianos barricaram-se numa via que leva à cidade de Energodar, onde está a maior central nuclear da Europa. A cidade situa-se a norte da Crimeia.
O objetivo destes civis é travar o avanço das tropas russas, bloqueando a estrada com veículos (incluindo camiões), sacos de cimento e terra.
VIDEO: The road into the town of Energodar which contains Europe's largest nuclear power plant is blocked by Ukrainian civilians in an attempt to stop the Russian advance. pic.twitter.com/V2k8q94UHd
Um cidadão norte-americano está a divulgar na Internet vários vídeos junto a tropas russas. Russel Bentley decidiu juntar-se ao contingente que está a invadir a Ucrânia para, segundo o próprio, "combater os nazis" e "libertar" o país invadido do fascismo.
Texano de origem, Bentley está, porém, desde janeiro de 2015 em Donetsk, de onde tem publicado vários vídeos de propaganda pró-russa. Apesar de se identificar como um empresário de sucesso, Russel Bentley é um fugitivo procurado pela justiça americana por tráfico internacional de droga, de acordo com um relatório dos US Marshalls
A resolução determina que os benefícios são atribuídos quando o beneficiário da proteção temporária não disponha de recursos suficientes e devem ser equiparados com estatuto de refugiado para efeitos de acesso a prestações sociais do regime não contributivo.
A resolução que concede proteção temporária a pessoas deslocadas da Ucrânia com a atribuição de autorização de residência pelo período de um ano com possibilidade de prorrogação, foi publicada na terça-feira em Diário da República.
A "resolução que concede proteção temporária a pessoas deslocadas da Ucrânia em consequência da situação de guerra" foi aprovada em Conselho de Ministros na terça-feira e entrou em vigor no mesmo dia.
O ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, falou por telefone com o seu homólogo ucraniano, Dmytro Kuleba, e deixou críticas ao envolvimento de civis no conflito. O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês condenou o ataque a zonas residenciais civis.
Volodymyr Zelensky diz que já morreram quase 6.000 militares russos desde o início da invasão, mas não dá detalhes sobre o número de soldados ucranianos mortos. Ao fim de uma semana, a Rússia ainda não emitiu boletins sobre as perdas militares na Ucrânia.
Numa emissão feita para a Ucrânia, elensky salientou que a Ucrânia tem conseguido inflingir duras perdas às tropas invasoras da Rússia, aplaudindo a resistência ucraniana.
O presidente ucraniano acusou ainda a Rússia de estar a tnetar "apagar a história" ucraniana: "A Rússia quer apagar a nossa história", disse, acrescentando que a Rússia não pode ganhar à Ucrânia com bombas, ataques e foguetes.
O Ministério da Defesa russo afirma que Kherson está sob controlo russo. A cidade, a norte da Crimeia, tem cerca de 300 mil habitantes e ficou sob o controlo das tropas de Moscovo ao fim de sete dias de investida.
No comunicado emitido pelo Ministério da Defesa russo foram confirmados os ataques a Kiev, a capital ucraniana, que decorreram esta terça-feira. Terão sido atingidas com mísseis instalações do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) e do 72º Centro de Informações e Operações Psicológicas (PSO), informa o governo de Putin.
Já os separatistas pró-russos em Donetsk afirmaram hoje que bloquearam a cidade de Mariupol, segundo um representante da milícia Eduard Basurin, citado pela agência de notícias russa Interfax.
Na véspera, a autoproclamada república separatista de Donetsk anunciara um bloqueio quase total de Mariupol.
O líder da república, Deniye Pushilin, disse que estão agora a tentar que as forças ucranianas deponham as armas e criem um corredor humanitário para que os civis possam deixar a cidade.
Os bombardeamentos à segunda maior cidade ucraniana provocaram 21 mortes e deixaram pelo menos 112 pessoas feridas.
As autoridades afirmam ainda que os ataques de mísseis atingiram áreas residenciais e o edifício do governo regional.
O Presidente norte-americano disse que não vai enviar tropas para a Ucrânia, em resposta à invasão russa, mas garantiu que os Estados Unidos vão defender os aliados da NATO.
Biden lembrou que os EUA já deram à Ucrânia mais de mil milhões de dólares (900 milhões de euros) em assistência direta, lembrou Joe Biden, no primeiro discurso sobre o Estado da União, o tradicional pronunciamento anual dos Presidentes dos Estados Unidos no Congresso.
Washington vai continuar a apoiar o povo ucraniano, mas as forças norte-americancas "não entraram e não vão entrar em conflito com as forças russas na Ucrânia", sublinhou.
O Presidente norte-americano confirmou a mobilização de tropas, aviões de combates e navios militares para proteger os países da NATO, incluindo Polónia, Roménia, Letónia, Lituânia e Estónia.
O construtor aeronaútico norte-americano Boeing anunciou hoje que vai suspender serviços operacionais para as companhias aéreas russas.
A Boeing indicou que como serviços operacionais referia-se a apoio em casos de peças sobressalentes, manutenção e apoio técnico, bem como "grandes operações" em Moscovo, de acordo com uma mensagem enviada à agência de notícias France-Presse (AFP).
"À medida que o conflito continua, as nossas equipas estão concentradas na segurança dos nossos colegas de equipa na região", disse a Boeing, que também fechou temporariamente o escritório em Kiev.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e mais de 660 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
As tropas russas entraram, ao sétimo dia, em Kharkiv, uma cidade que sempre esteve na mira dos militares russos e que acreditavam que teriam mais facilidade em tomar, de acordo com vários analistas.
Kharkiv, a segunda maior cidade ucraniana, situa-se no nordeste ucraniano. As tropas terão invadido a cidade pelas três da manhã (1h em Lisboa), de acordo com o jornal britânico The Guardian. As tropas chegaram por meios aéreos, tendo eclodido uma batalha entre as tropas invasoras e os militares ucranianos.
A tentativa de tomada da cidade acontece um dia depois de os russos terem bombardeado a praça central de Kharkiv, destruindo parte do edifício do governo regional.
Kharkiv. 21 civilian killed, 112 wounded in the last 24 hours.
Enormous damage to Kharkiv downtown. #PutinWarCriminal #PutinHitler pic.twitter.com/NK7lF0jfVF
As empresas de cartão de crédito americanas Visa, Mastercard e American Express decidiram impedir os bancos russos de aceder à sua rede.
Relatos vindos de Moscovo mostram que estas sanções já entraram em efeito.
?@AmericanExpress announces that it is ending cooperation with sanctioned #Russian banks.
O Presidente norte-americano disse que o Departamento de Justiça dos EUA está a criar uma equipa de trabalho exclusivamente para investigar os "crimes dos oligarcas russos".
"Esta noite digo aos oligarcas e líderes corruptos da Rússia, que lucraram milhares de milhões de dólares com este regime violento, que já basta", disse Joe Biden, no primeiro discurso sobre o Estado da União, o tradicional pronunciamento anual dos Presidentes dos Estados Unidos no Congresso.
"Estamos a juntar-nos aos nossos aliados europeus para encontrar e confiscar os vossos iates, os vossos apartamentos de luxo, os vossos aviões privados. Vamos apanhar os vossos lucros indevidos", garantiu.
A UE, o Reino Unido e o G7, bloco dos sete países mais industrializados do mundo [Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido] já tinham anunciado sanções a dezenas de oligarcas e empresários russos dos setores do petróleo, da banca e das finanças, todos considerados próximos do Kremlin.