São nove referências, uma para cada planeta do sistema solar, uma saga anual de vinhos de nacionalidades, perfis eterroirsdiferentes, mas sempre de nível ímpar de excelência, grande raridade e proveniência de uma das principais regiões vinícolas do mundo. É este o conceito da série portuguesa Vinho do Outro Mundo -Wines From Another World, ou WFAW, na versão internacional - que anunciou o lançamento de mais um vinho este ano.
O próximo número do WFAW chega ao mercado no dia 27 de junho, é da colheita de 2015 e terá apenas 600 garrafas disponíveis, uma edição muito limitada que reflete a exclusividade de uma gama de luxo. É, para já, tudo o que se sabe sobre este vinho, que ainda não tem nome, preço, produtor ou país de origem revelados, mas que já pode ser reservado, às cegas, com a promessa dos produtores de experiências exclusivas aos primeiros aderentes.
Uma criação do consultor Cláudio Martins, o Vinho do Outro Mundo arrancou em 2021 com o lançamento do Jupiter, um tinto alentejano feito na Herdade do Rocim por Martins e Pedro Ribeiro. Uma colheita de 2015 de vinhas velhas de Moreto, Trincadeira, Tinta Grossa e outras castas típicas do Alentejo, envelhecida em ânfora de barro por 48 meses, deu origem a apenas 800 garrafas, a €1.000 a unidade, entretanto esgotadas.
Seguiu-se, no ano seguinte, o Uranus, feito na região espanhola de Priorat, na Catalunha, por Dominik Huber, da Terroir al Limit - colheita de 2021 de vinhas velhas de 75 anos com 90% de uva tinta (Garnacha Negra Peluda e Cariñena) e 10% de branca (Garnacha Branca), atualmente à venda por cerca de €1.500 a garrafa, com apenas cerca de 100 unidades ainda disponíveis.
O número mais recente, Saturn, saiu em 2023: de Ernst Loosen, o branco seco da região de Mosel, na Alemanha é um monocasta Riesling de vinhas centenárias colhidas em 2013, do qual ainda sobram 700 garrafas a €900 cada. O ano passado ficou sem lançamento de Vinho do Outro Mundo, pelo que a série de nove volumes só deverá ser terminada em 2030.
Ainda que se saiba pouco sobre a edição deste ano, cujo planeta do sistema solar ainda está por revelar, a WFAW expressou a vontade de fazer da série uma "viagem pelas principais regiões vinícolas do mundo", e que passará, além de Priorat e Mosel, por Bordéus e Champagne, em França, Toscana, na Itália, Napa Valley, nos Estados Unidos, e Geórgia, terminando, de volta a Portugal, no Douro.