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Recapitalização da CGD ultrapassa os 5 mil milhões de euros

24 de agosto de 2016 às 15:58
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Estado Português fica autorizado a realizar um aumento de capital até 2.700 milhões de euros. Acordo tem que ser aprovado pelo Colégio de Comissários

Garantir a "competitividade" da Caixa Geral de Depósitos é um dos principais objectivos do acordo que o Ministério das Finanças estabeleceu com a Comissão Europeia para a recapitalização da CGD.

"Esse plano considera uma reorganização do banco, com o objectivo de recuperar a rentabilidade de longo-prazo através de um aumento de eficiência, da redução do custo do risco de crédito e do corte de custos", referiu o Ministério das Finanças, sobre o acordo que tem que ser aprovado pelo Colégio de Comissários.

 

Em comunicado, o ministério liderado por Mário Centeno indicou que a estratégia de recapitalização deve ser feita em condições de mercado, "compatíveis com a ausência de ajuda de Estado". "O Estado Português fica autorizado a realizar um aumento de capital até 2.700 milhões de euros, a transferir as acções da ParCaixa para a CGD no valor de 500 milhões de euros e a converter 960 milhões de euros de instrumentos de capital contingentes (CoCo's) subscritos pelo Estado em acções", explicou o Governo.

 

Segundo o comunicado, a CGD deverá ainda realizar "uma emissão de instrumentos de dívida com elevado grau de subordinação, de cerca de 1.000 milhões de euros, elegível para efeitos de cumprimento dos rácios de capital regulatório", emissão que deverá ocorrer "junto de investidores privados".

 

O instrumento financeiro a emitir não será convertível em acções da CGD, "assegurando-se a manutenção da CGD como um banco integralmente público", pode ler-se no texto.