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Preços sobem pelo segundo mês consecutivo com bens alimentares mais caros

Jornal de Negócios 26 de fevereiro de 2021 às 12:27
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O índice de preços do consumidor do INE cresceu em fevereiro deste ano, em termos homólogos, face ao que aconteceu em janeiro. Uma nova subida dos bens alimentares ajudou a este desfecho.

O índice de preços do consumidor (IPC) voltou a registar uma subida homóloga em fevereiro deste ano, em Portugal, o que representa o segundo aumento seguido mensal, de acordo com a estimativa rápida do INE -Instituto Nacional de Estatística.

O instituto de estatística mostra que "tendo por base a informação já apurada, a taxa de variação homóloga do índice de preços no consumidor terá sido 0,5% em fevereiro de 2021, valor superior em 0,2 pontos percentuais ao registado em janeiro", pode ler-se no relatório divulgado nesta sexta-feira.

Segundo os dados revelados, o índice referente aos produtos alimentares não transformados terá apresentado um crescimento homólogo de 1,4%, apesar de ter sido menos pronunciado que o divulgado em janeiro de 1,7%. Já a taxa de variação homóloga do índice relativo aos produtos energéticos terá sido -3,1% (-4,4% no mês anterior).

O INE adianta que o indicador de inflação subjacente - que exclui os produtos alimentares não transformados e energéticos - terá registado uma variação de 0,7%, acima dos 0,6% registados em janeiro deste ano.

Em termos mensais, o índice de preços do consumidor terá tido uma variação de -0,5% (em janeiro, a variação mensal foi -0,3% e em fevereiro de 2020 tinha sido -0,6%), diz o instituto, que estima que a variação média dos últimos doze meses tenha sido nula.

O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), usado pelo Eurostat para comparar os países europeus, terá registado uma variação homóloga de 0,3% (0,2% no mês anterior), de acordo com esta estimativa rápida. Os dados finais serão divulgados no próximo dia 10 de março.

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