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Portugal coloca dívida a juros superiores aos anteriores leilões

08 de fevereiro de 2017 às 11:30
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Dívida foi colocada a cinco e sete anos. Esta foi a segunda vez que Portugal foi aos mercados para se financiar a longo prazo este ano, depois de em 11 de Janeiro ter emitido 3 mil milhões de euros em dívida a 10 anos

Portugal colocou hoje 1.180 milhões de euros em Obrigações do Tesouro (OT) a cinco e sete anos a taxas de juro superiores em ambos os prazos em relação aos anteriores leilões comparáveis, foi anunciado.

Segundo a página da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) na Bloomberg, a cinco anos foram colocados 630 milhões de euros em OT, com maturidade em 17 de Outubro de 2022, à taxa de juro de 2,753%, mais elevada do que a registada em Novembro, quando foram colocados 700 milhões de euros a uma taxa de 2,1%.

Nas OT a sete anos, com maturidade em 15 de Fevereiro de 2024, o IGCP colocou 550 milhões de euros a uma taxa de juro de 3,668%, também superior à do anterior leilão comparável, realizado em Setembro de 2016, quando foram colocados 500 milhões de euros a 2,817%.

A procura de OT a cinco anos atingiu 946 milhões de euros, 1,5 vezes superior ao montante colocado, e a de OT a sete anos cifrou-se em 1.111 milhões de euros, 2,02 vezes superior ao montante colocado.

O IGCP tinha anunciado para hoje a realização de dois leilões de OT, um a cinco anos e outro a sete anos, para arrecadar entre 1.000 milhões de euros e 1.250 milhões de euros.

Esta foi a segunda vez que Portugal foi aos mercados para se financiar a longo prazo este ano, depois de em 11 de Janeiro ter emitido 3 mil milhões de euros em dívida a 10 anos, através de sindicato bancário.

Em Janeiro, a agência liderada por Cristina Casalinho anunciou que espera emitir entre 14.000 milhões a 16.000 milhões de euros em OT ao longo deste ano através de emissões mensais.

Em termos líquidos, a República portuguesa precisa de um financiamento de 12.500 milhões de euros para este ano, num valor que inclui 2.700 milhões euros de fundos associados à recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD), que já se encontram financiados.