Sábado – Pense por si

O mercado das vendas em segunda mão: a crescer e sem estigma

Bruno Faria Lopes
Bruno Faria Lopes 10 de julho de 2022 às 10:00

Móveis, roupa, relógios, motas ou tecnologia: a inflação e os novos hábitos de consumo estão a fazer mexer o mercado de usados. Há mais negócio em alguns segmentos – e preços mais altos.

Quando em minha casa decidimos juntar as nossas três filhas no mesmo quarto, em maio deste ano, passámos a precisar de um treliche e, por isso, pusemos à venda o beliche que tínhamos. Recorremos ao Facebook Marketplace, uma plataforma de transações em segunda mão operada, e levámos só dois dias a vender o beliche que compráramos dois anos antes por 400 euros. O preço final: 390 euros, como se o móvel fosse novo. Foi um sinal dos tempos. Quem quisesse comprar o mesmo beliche realmente novo, na loja, teria de pagar perto de 600 euros e de esperar nove semanas pela entrega.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais
Editorial

Só sabemos que não sabemos

Esta ignorância velha e arrastada é o estado a que chegámos, mas agora encontrou um escape. É preciso que a concorrência comece a saber mais qualquer coisa, ou acabamos todos cidadãos perdidos num qualquer festival de hambúrgueres