Duarte D'Orey: O gestor maravilha que deixou um rasto de destruição

Foi o presidente mais novo de empresas cotadas e quis ser banqueiro. Ex-jogador de râguebi e formado com mediania em Gestão, passou como um furacão pelos negócios financeiros em Portugal, Brasil, Angola e Espanha. Negociou fundos de futebol, viveu num palacete na Lapa, deixou centenas de credores. O Banco de Portugal tirou a licença a uma das suas empresas e a CMVM decidiu que, até agosto, a centenária Orey Antunes tem de sair da Bolsa.

Quando celebrou os 40 anos, a ambição de ser um banqueiro de sucesso já estava mais longe de se concretizar: dois anos antes, em 2009, Duarte d’Orey tinha falhado a compra do Banco Privado Português (BPP). Ainda assim, o gestor já estava a pensar num banco espanhol e fez questão de celebrar o aniversário com uma festa. Em grande, claro. Como gostava que fosse quase tudo aquilo em que tocava. Entre os mais próximos, quase todos o viram num Maserati, num Porsche descapotável, num BMW 750 IL limusina com motorista - ou noutros carros de luxo. Muitos também o ouviram contar a história do apartamento da Lapa, em Lisboa, que só depois de comprar visitou.

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