Relatório do Banco de Portugal divulgado hoje e relativo à Caixa Económica, de 2016, indica que a entidade apresenta "um perfil de risco de nível elevado"
"A CEMG adota as melhores práticas e recomendações, quer do Banco de Portugal, quer da European Banking Association [Autoridade Bancária Europeia], seja em matéria de gestão de risco, de controlo interno ou de concessão de crédito", lê-se no comunicado enviado hoje às redacções.
O banco mutualista, que é detido na totalidade pela Associação Mutualista Montepio Geral, diz ainda que "em todos os casos" em que houve recomendações das entidades de supervisão que as aceitou e actuou para as executar.
"Face a recomendações de entidades de supervisão, as entidades visadas procedem de duas formas: ou contestam ou aceitam e corrigem. Em todos os casos que a CEMG decidiu não contestar procedeu-se às correcções e tudo se encontra em conformidade", acrescentou a instituição.
A Caixa Económica Montepio Geral afirmou ainda que, em 2015, fez a "revisão de procedimentos e áreas passíveis de melhoria do governo interno" e que executou "um conjunto de acções que robusteceram o seu sistema de controlo interno, situação já reconhecida pelo respectivo regulador".
A entidade diz ainda que "adaptação às melhores práticas" é um "processo contínuo" e que a continuará a "colaborar com as autoridades para estar sempre em conformidade com as mais elevadas exigências internacionais".
OExpressonoticia hoje um relatório do Banco de Portugal relativo à CEMG em 2016 em que os técnicos concluem que a entidade apresenta "um perfil de risco de nível elevado", que as exposições estratégicas "não garantem uma gestão sólida" e fala ainda numa "consistente degradação da qualidade da carteira dos clientes".
A Caixa Económica Montepio Geral é liderada por Félix Morgado, que substituiu Tomás Correia em Agosto de 2015, ficando este apenas como presidente da Associação Mutualista Montepio Geral.
O banco ainda não publicou os resultados de 2016, sendo para já conhecido que até Setembro teve um prejuízo de 67,5 milhões de euros, que compara com perdas de 59,5 milhões de euros em igual período de 2015, justificando este resultado com os "impactos específicos ocorridos no primeiro semestre relacionados com os custos com o processo de redimensionamento da estrutura operativa, com as contribuições sobre o sector bancário para o Fundo Único de Resolução e para o Fundo de Resolução Nacional e com perdas em investimentos financeiros".
Já apenas no terceiro trimestre, a instituição apresentou um lucro de 144 mil euros, referindo o Expresso na notícia de hoje que para este resultado "terá pesado, de forma indiscutível, a venda de uma participação de 19% na empresa mineira Almina, por 93 milhões de euros e com uma mais-valia de 24 milhões".
A compra foi feita um "veículo financeiro, designado Vogais Dinâmicas, com sede em Oliveira dos Frades, e constituído no dia 29 de Setembro de 2016". O jornal diz ainda que a operação foi posteriormente anulada.
Montepio diz adoptar "melhores práticas" exigidas pelos reguladores
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