Numa conferência online esta manhã, o governador do banco de Portugal mostrou-se otimista de que a retoma será rápida. Mas há riscos, lembrou.
O governador do Banco de Portugal está confiante que a crise pandémica não provocará perdas económicas irreversíveis, apenas novas formas de produção. "A trajectória projectada antes da pandemia espera-se que seja atingida no final de 2023, o que são excelentes notícias. A materializar-se, será algo nunca antes visto", indicou Mário Centeno esta manhã, numa conferência online sobre estabilidade financeira.
centeno, bdp
O ex-ministro das Finanças sublinhou que a atividade na zona euro recuperou mais do que o previsto no segundo trimestre de 2021, e que se espera que continue a crescer rapidamente, ultrapassando os valores pré-pandemia no último trimestre de ano. "É uma afirmação forte, eu sei, e que requer políticas consistentes e estáveis. Não há razão para sermos complacentes com os bons resultados", lembrou Centeno.
Entre os riscos da retoma estão novas vagas pandémicas e longos constrangimentos na produção. Por outro lado, o governador do Banco de Portugal vê a despesa como o principal motor da recuperação, apoiada por uma recuperação do rendimento disponível, de condições de financiamento favoráveis, da elevada confiança e de uma redução relativamente mais rápida da poupança excessiva. "O investimento e o consumo público também têm uma contribuição positiva na recuperação, embora mais modesta", afirma.
Mário Centeno acredita que, durante a pandemia, o setor bancário provou a sua resiliência. "O setor bancário ficou mais capitalizado e robusto do que nas crises anteriores", reconhece, assumindo que as instituições, devido a medidas rápidas e coordenadas, conseguiram resistiram ao primeiro impacto da pandemia, resultando numa reação "sem precendetes" e fazendo "com que os bancos fossem parte da solução".
Para o futuro, o governador do Banco de Portugal deseja que as medidas económicas privilegiem uma retoma sustentável e estável de todos os setores, ao mesmo tempo que tentem mitigar os riscos e vulnerabilidades criadas pela pandemia.
"À medida que a retoma avança, surgem novos desafios. Nomeadamente saber quais são os incentivos certos para os bancos", que vão ter que se readaptar e precaver problemas no médio longo prazo, indica.
"O contexto mais favorável que vivemos actualmente e a recuperação prevista da economia não pode fazer os bancos parar com o seu esforço de monitorização. As instituições de crédito devem continuar com uma avaliação de risco conservadora e prudente", conclui Centeno.
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