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Marco Galinha diz que investiu cerca de €16 milhões na GMG entre 2021 e 2023

Lusa 09 de janeiro de 2024 às 13:08
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"Entre 2021 e 2023 enquanto acionista investi na empresa cerca de 16 milhões de euros", "em compras de dívida à banca, aumentos de capital, compra de ativos e suprimentos", disse o empresário no parlamento.

O ex-presidente executivo da Global Media Marco Galinha afirmou esta terça-feira que entre 2021 e 2023 investiu "cerca de 16 milhoes de euros" na empresa em compras de dívida à banca, aumentos de capital, entre outros.

MIGUEL A. LOPES/LUSA

Marco Galinha falava na comissão parlamentar de Cultura, comunicação, Juventude e Desporto, numa audição no âmbito do requerimento do Bloco Esquerda (BE) sobre a situação na Global Media Group (GMG).

"Entre 2021 e 2023 enquanto acionista investi na empresa cerca de 16 milhões de euros", "em compras de dívida à banca, aumentos de capital, compra de ativos e suprimentos".

Já a dívida bancária "foi reduzida de 68 milhões de euros para menos de um milhão de euros", apontou Marco Galinha.

O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) passou de "8,5 milhões negativos em 2018 para níveis equilibrados, quer em 2021, quer em 2022" e em termos de recursos humanos "procedeu-se a uma política de contenção alinhada com o redimensionamento das redações e o investimento em novas instalações e na rede de transmissores", prosseguiu.

"Permitam-me que sublinhe alguns resultados: 16 milhões de investimento, redução da dívida e um EBITDA de dois milhões de euros positivo no início de 2023", sintetizou.

No final do primeiro semestre de 2023, "a empresa estava com boas perspetivas de futuro", sublinhou líder do grupo Bel.

Referiu ainda que, "estrategicamente, oDiário de Notícias[DN] voltou a estar nas bancas e o arquivo do DN foi considerado Tesouro Nacional, preservando a história do título mais antigo do continente".

Já "as restantes marcas mantiveram a sua força e representação no mercado, acompanhando o crescimento gradual da presença no digital, acompanhando as tendências deste mercado desde a pandemia".

No final da primeira metade de 2023, "a empresa estava com boas perspetivas de futuro", salientou, acrescentando que "foram anos muito exigentes" aqueles que passou na liderança da Global Media Group.

"Foram anos muito exigentes ao nível da tomada de decisões de gestão e sempre procurei privilegiar oportunidades de investimento ou redução de dívidas, sem prejuízo de salários ou de remunerações, valorizando a dedicação, a entrega e o trabalho de todos os colaboradores da GMG", prosseguiu.

No ano passado, acrescentou, "surgiu uma oportunidade de negócio para a entrada do Fundo WOF [World Opportunity Fund] no capital na empresa que veio associada a uma intenção de forte investimento com o objetivo de renovação das marcas do grupo designadamente com a entrada no mercado internacional".

Perante a proposta, "e considerando que o trabalho de estabilização da empresa estava realizado e o foco estratégico do grupo Bel é na área da logística e distribuição, considerei que estava perante uma oportunidade de valor para o GMG", salientou Marco Galinha.

"Durante vários meses foi levado a cabo um rigoroso trabalho de 'compliance' [processo que visa garantir cumprimento de leis, regulamentos, etc] para verificação da idoneidade e da capacidade financeira do fundo", garantiu, salientando que "como é prática neste tipo de operações, foi igualmente realizado um extenso trabalho de 'due diligence' [análise] com resultados positivos para a concretização do negócio".

Desde setembro, "a gestão executiva da empresa passou a ser executada por uma maioria indicada pelo novo investidor", pelo que é "com perplexidade e profunda preocupação que nas últimas semanas tenho assistido à falta de paz social na empresa e à desvalorização pública do jornalismo" na GMG, rematou.

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