Acionistas consideram ser da "responsabilidade exclusiva" do World Opportunity Fund e da gestão executiva por este indicada, liderada por José Paulo Fafe, a "insustentável situação" que os trabalhadores do GMG e que o próprio grupo atravessa.
Os acionistas do Global Media Group Marco Galinha, Kevin Ho, José Pedro Soeiro e Mendes Ferreira vão marcar uma assembleia-geral para "apresentar uma solução" para o GMG, anunciaram hoje em comunicado, reiterando o "incumprimento" da atual gestão.
Bruno Colaço/Correio da Manhã
"Os acionistas do Global Media Group S.A.(GMG), Marco Galinha, Kevin Ho, José Pedro Soeiro e Mendes Ferreira, vêm reafirmar o incumprimento do World Opportunity Fund, Ltd, representado pelo Sr. José Paulo Fafe, quanto a obrigações basilares dos contratos", refere o comunicado hoje emitido, apontando à falta de pagamento dos salários dos trabalhadores do grupo de media que detém títulos como o JN, DN, O Jogo e a TSF.
Considerando ser da "responsabilidade exclusiva" do World Opportunity Fund (WOF) e da gestão executiva por este indicada, liderada por José Paulo Fafe, a "insustentável situação" que os trabalhadores do GMG e que o próprio grupo atravessa atualmente, aquele grupo de acionistas e administradores afirma o seu veemente "repúdio" e considera "inaceitáveis" as "tentativas de pressão exercidas junto da Entidade Reguladora da Comunicação [ERC], tornadas públicas" esta quinta-feira.
Os subscritores do comunicado "repudiam também, a forma como a gestão da empresa parece estar a ser deliberadamente conduzida para levar a um oportunismo quanto a propostas do Fundo" -- propostas essas que os acionistas consideram inaceitáveis -, tendo decidido "agendar" uma assembleia-geral de acionistas para apresentar uma solução para o GMG", da qual querem fazer parte.
"Pese embora os questionáveis atos de gestão, foram recebidas propostas idóneas para resolver a situação atual, havendo consenso dos acionistas e administradores subscritores deste comunicado em fazer parte de uma solução", sublinham ainda, acrescentando que "manifestam também total disponibilidade e compromisso em retomar o controlo da gestão da empresa".
Manifestando o seu compromisso "com uma solução que permita muito em breve retomar a normalidade" do GMG, os acionistas e administradores deixam uma palavra de agradecimento aos trabalhadores do Grupo pelas "provas de superação" e "resiliência" mostradas.
Na quinta-feira, o World Opportunity Fund, que controla a Global Media, transmitiu a sua indisponibilidade em transferir dinheiro para pagar os salários em atraso até uma decisão da ERC -- Entidade Reguladora para a Comunicação Social e de um "alegado procedimento cautelar", segundo disse em comunicado o presidente executivo (CEO) do GMG, José Paulo Fafe.
Além disso, acrescentou José Paulo Fafe, o fundo também lhe transmitiu a sua "indisponibilidade em efetuar qualquer transferência até que o alegado procedimento cautelar de arresto anunciado publicamente pelo empresário Marco Galinha seja retirado".
Neste mesmo dia, o administrador executivo do Global Media Group Filipe Nascimento e o administrador Paulo Lima de Carvalho apresentaram a sua demissão.
Também na quinta-feira, os trabalhadores do Jornal de Notícias e do desportivo O Jogo resolveram ativar a suspensão de contratos de trabalho, por falta de pagamento de salários, notando, nos comunicados que emitiram, a "coincidência de os dias de plenário" de ambas as publicações "serem sempre marcados por comunicados da Comissão Executiva (CE)".
Em 21 de setembro, o WOF adquiriu uma participação de 51% na empresa Páginas Civilizadas, proprietária direta da Global Media, ficando com 25,628% de participação social e dos direitos de voto na Global Media.
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