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FMI alerta: é preciso mais austeridade para evitar défice de 3%

30 de junho de 2016 às 12:21
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O Fundo Monetário Internacional aponta a racionalização dos salários públicos e das pensões como um dos caminhos a seguir, considerando que Portugal vive um cenário de "riscos negativos

Más notícias para Portugal: o FMI considera que sem medidas adicionais o défice vai chegar aos 3,0%, alertando ainda para "riscos negativos". O Fundo Monetário Internacional aponta a racionalização dos salários públicos e das pensões como um dos caminhos a seguir.

 

"Tendo em conta estes riscos, provavelmente serão precisas mais medidas para apoiar a restrição da despesa para garantir que o objectivo orçamental deste ano, de 2,2% do PIB [Produto Interno Bruto], é alcançado. Na ausência de passos adicionais, o FMI projecta num défice próximo dos 3% do PIB", diz o comunicado de conclusão da quarta missão pós-programa e dos trabalhos ao abrigo do Artigo IV, tornado publicado esta quinta-feira.

 

A equipa de Subir Lall (na foto acima), que lidera a missão do Fundo em Portugal, entende que "é necessário um caminho credível de consolidação orçamental no médio prazo para colocar a dívida pública numa trajectória firme de queda", o que "vai exigir objectivos realistas que sejam apoiados por medidas concretas".

 

Sublinhando que o Governo de António Costa delineou "objectivos ambiciosos" para o médio prazo no Programa de Estabilidade para 2016 - 2020, o FMI disse no entanto que "falta especificidade" a estas medidas, "o que iria permitir uma avaliação da sua exequibilidade" e deixou uma recomendação.

 

Este objectivo de ajustamento estrutural primário deve ser suportado por "medidas permanentes de poupança, com enfoque na racionalização dos salários públicos e das pensões". Outro aspecto apontado pela instituição liderada por Christine Lagarde prende-se com a necessidade de "um sistema fiscal mais estável e previsível", que poderia "ajudar a promover a confiança e a encorajar o investimento privado".

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.