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Covid-19: FMI tem um bilião de dólares para combater crise "nunca antes vista"

03 de abril de 2020 às 19:45
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Mais de 90 países já solicitaram assistência financeira de emergência do FMI devido à atual crise do coronavírus.

O Fundo Monetário Internacional vai disponibilizar um bilião de dólares para combater uma crise mundial "nunca antes vista" na história da instituição provocada pela pandemia de covid-19, anunciou hoje a diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva.

"Temos uma reserva de emergência de um bilião de dólares [cerca de 927 mil milhões de euros] e estamos determinados a usar o que for preciso para proteger das cicatrizes que essa crise causará", disse a economista búlgara, numa videoconferência de imprensa conjunta com o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.

A diretora-geral do FMI disse ainda que mais de 90 países já solicitaram assistência financeira de emergência do FMI devido à atual crise do coronavírus.

Kristalina Georgieva lamentou que a pandemia de covid-19 tenha causado "uma paralisia da economia mundial", tendo mergulhado o planeta numa "recessão muito pior do que a crise financeira" iniciada em 2008.

"A OMS está aqui para proteger a saúde das pessoas, o FMI para proteger o estado da economia mundial, ambos estão sendo cercados e somente juntos podemos alcançá-lo", afirmou.

Georgieva indicou que, da mesma maneira que o coronavírus é especialmente prejudicial para os pacientes mais vulneráveis, a crise atingirá especialmente os países em desenvolvimento e emergentes, dos quais já surgiram investimentos no valor de 90 mil milhões de dólares [cerca de 83 mil milhões de euros] nos últimos meses, mais do que na crise de 2008.

A diretora-geral do FMI acrescentou que a atual crise é "a hora mais sombria da humanidade".

É "uma grande ameaça à qual devemos nos unir para proteger os mais vulneráveis", concluiu.

O novo coronavírus responsável pela covid-19, detetado no final do ano, na China, já infetou mais de um milhão de pessoas a nível mundial, das quais 55 mil mortos morreram.

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